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​Mudanças e entraves do setor aéreo mundial ganham destaque do WTTC

James Hogan, CEO da Etihad Airways; Tony Tyler, diretor geral e CEO da Iata e Willie Walsh, CEO, International Airlines Group;

James Hogan, CEO da Etihad Airways; Tony Tyler, diretor geral e CEO da Iata e Willie Walsh, CEO, International Airlines Group;

Política de céus abertos, slots, alianças, custos, taxas, infraestrutura. Esses foram alguns dos temas debatidos na manhã dessa quarta-feira (10/04) durante a Conferência do WTTC. Uma conclusão: o setor aéreo está em constante mudança e daqui a cinco anos, ao olharmos para trás, o cenário do passado não será reconhecido. Segundo a  International Air Transport Association (Iata), em 2016, as companhias aéreas vão transportar 3,6 milhões de passageiros, um incremento na faixa de 800 milhões se comparado com 2011.

A Etihad Airways aproveitou a ocasião para apresentar a sua estratégia chamada de “Equity Alliance” (aliança capital). Depois de uma temporada, os relatórios financeiros apontam que cada uma das cinco companhias aéreas dentro da aliança – Airberlin, a Air Seychelles, Virgin Australia, a Aer Lingus e a Etihad Airways – conseguiram desempenho rentável. “Trabalhando juntos, operamos em 400 destinos, transportamos 75 milhões de passageiros, temos 385 aeronaves e uma receita de US$ 16 trilhões”, revelou James Hogan, presidente da Etihad Airways. Os resultados individuais e coletivos foram impulsionados por uma série de medidas, incluindo o codeshare entre as redes, o sucesso de vendas conjuntas, esforços de marketing, entre outros fatores.

De forma individual, a Etihad Airways anunciou ontem resultados do primeiro trimestre de 2013 com os números correspondentes a transporte de passageiros e carga para o período. A companhia aérea sediada em Abu Dhabi registrou uma receita com passageiros de US$900 milhões (2012: US$758 milhões), um aumento de 19% e receita com carga de US$193 milhões (2012: US$165 milhões), um aumento de 17%. O número de passageiros transportados no 1º trimestre de 2013 aumentou em 18%, de 2,3 milhões para um recorde de 2,8 milhões.

A situação do tráfego aéreo na Inglaterra foi outro tema abordado com vigor. De acordo comTony Tyler, diretor geral e CEO da Iata, as altas taxas causam prejuízos na economia do país e efeitos negativos na imagem do Aeroporto de Heathrow. O maior problema nesse caso é o Air Passenger Duty (APD). Uma pesquisa conduzida por WTTC e pela Oxford Economics no início deste ano mostra que a remoção resultaria em um adicional de 91 mil empregos britânicos sendo criados e £ 4.2 bilhões adicionados à economia em 12 meses.

O impeditivo dos vistos, que por vezes faz com que visitantes desistam dos planos de viajar, foi lembrado no debate. Em muitos países, incluindo o Brasil, o tempo para obter o visto para os Estados Unidos caiu de 160 dias para dois ou três dias.
  
Como o WTTC acorre nos Emirados Árabes, impossível não citar o cenário local. Dubai aparece como segundo aeroporto mais movimentado do mundo em 2012. “Significa crescimento econômico e empregos para a cidade”, reforçou Tony. Já a China, mais uma vez, foi citada como grande potência através de seus investimentos em infraestrutura. Num mercado mundial cada vez mais competitivo, destaca-se o fato do passageiro ter a opção de escolha.

Natália Strucchi, de Abu Dhabi

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