​Painel discute Tendências, Oportunidades e Desafios no turismo

Durante a abertura do Roadshow Turismo 20014 – Tendências, Desafios e Oportunidades, alguns temas foram colocados diante do tripé em debate. A questão da transparência na imprensa do trade, o alto custo da hotelaria no país, serviços de locação com qualidade de veículos, distribuição de produtos em canais com tecnologia de ponta, a reinvenção de destinos consagrados e, as oportunidades do segmento de aviação como o principal modal de transporte no turismo doméstico.

O vice-presidente do M&E, Roy Taylor, destacou o desafio, de lançamento do M&E, que foi criado para que o trade tivesse um veículo de qualidade e com distribuição gratuita. “A imprensa do trade tem um desafio diário. “Nossa parte está focada em promover, participar e noticiar todas estas ações [parceiros e mercado] da maneira mais transparente possível”, afirmou.  “Tudo que fazemos é para o agente de viagens; sem custo, buscando alternativas e com notícias voltadas para vocês [agentes]”, disse.

De acordo com a gerente de Vendas para América Latina da Best Western International, Karen Schmidt,  o desafio para a área de hotelaria está diretamente ligado à tecnologia. Para ela, este é uma aposta constante e ininterrupta, já que o acesso é rápido e ilimitado para consultas e distribuição.”Hoje temos que estar conectados para transmitir informações de qualidade com rapidez e assim, garantir a oportunidade de distribuição e fidelização junto aos nossos produtos”, disse. Karen ressaltou ainda o lançamento de um novo hotel no Rio de Janeiro, na praia do Arpoador para 2016. O empreendimento será assinado pela consultora de moda e empresária, Glória Kalil.

Segundo o diretor comercial da Avianca, Rodrigo Napoli, para a companhia aérea o desafio está presente todos os dias. “Nossas oportunidades cresceram durante a Copa, mesmo tendo ‘empatado’ com relação ao transporte de passageiros. O mercado aéreo do país tem um crescimento previsto para o próximo 10  anos em 200 milhões de passageiros”, disse. “Já ultrapassamos o modal rodoviário em três anos consecutivos”, emendou.

Napoli ressaltou ainda o crescimento da companhia  em 2013, em 37% e a previsão de 30% para este ano. “Este ano teremos sete novas aeronaves e para 2015 o número deverá chegar a 50 aeronaves em frota total”, contou. Segundo ele, a tecnologia veio para ficar no segmento, auxiliando os agentes de viagens e os passageiros.

“Com cerca de R$ 3 bilhões em faturamento no ano passado, o segmento de locação de veículos cresce dois dígitos há alguns anos”, disse o diretor Geral de Vendas da Avis, Ricardo Kaiser. “Somente 2% dos bilhetes emitidos pelas agencias de viagens são convertidos em locação de carros”, comentou. “Esse montante não é em volume, mas em transação”, emendou. Kaiser destacou ainda a oportunidade de crescimento do segmento que, de acordo com ele, recebe altos investimentos em renovação. “A Avis investe em renovação de frota anualmente. Nossos veículos tem, no máximo, dois meses de operação”, comentou.

Operação – O diretor de Vendas da Trend, Vitor Hugo, ressaltou que os “players” não devem colocar os ovos na mesma cesta. “Temos que diversificar o mix de receita e produto. Quanto mais temos produtos diferenciados para atender os nosso cliente, mais pulverizado é o risco de mercado”, comentou. Como desafio e oportunidade, o executivo afirmou que “entender que o perfil do consumo de turismo mudou e, que ele compra de forma diferente” é uma tendência. “Hoje, os passageiros e clientes comparam e acessam diversas fontes de informação”, disse referindo-se aos diferentes canais de distribuição da operadora. O executivo destacou ainda o lançamento do Trend Mega Partner e das ferramentas tecnológicas que envolvem o produto como o Vitrine, Vitrine Mobile e Vitrine Mais.

Para o coordenador de Mercado Nacional na Bahiatursa, Guto Jones, hoje o desafio da Bahia é divulgar o turismo na região focando nas 13 regiões turísticas do Estado. “O MTur lançou recentemente uma pesquisa onde o Porto Alegre é listada como terceira capital que mais tem intenção de viajar nos próximos meses, atrás apenas de Brasília e Belo Horizonte”, disse. “Apresentar esse portfólio de produtos [ 13 regiões turísticas] é um desafio junto ao agente de viagens”, emendou.

O executivo destacou as segmentações do turismo na região com foco para sol e praia, cultura, aventura e enogastronomia. “Contamos com a sensibilidade de cada operadora no país para a divulgação dos nossos produtos”, afirmou. Guto destacou o lançamento – durante a Abav 2014 – de uma ferramenta de capacitação à distância que será oferecida como “tendência” de treinamento para os agentes de viagens.

Segundo o presidente da FBHA, Alexandre Sampaio, a oportunidade da Federação junto com outras entidades de classe, é de potencializar o segmento de hospedagem, bares e restaurantes junto aos profissionais que correspondem ao setor, seja com capacitação ou auxílio em questões energéticas ou legislações em esferas locais ou nacionais. “Nosso desafio é ter um segmento de hospedagem e alimentação fora do lar com qualidade e um atendimento de excelência. A tendência é a sofisticação focada, sempre, no consumidor para o turismo de negócios, eventos e lazer”, afirmou.

Sampaio ainda comentou a questão das altas tarifas da hotelaria no país, pouca oferta e alta demanda que empurram os preços para cima. Outro fato citado por ele, foi a divulgação da Embratur dos altos preços, que assustou muitos turistas internos e internacionais. “Nossa demanda foi muito menor do que poderíamos ter”, afirmou. “Porém o executivo ressaltou que a hotelaria no país não é cara se buscada com antecedência”, emendou.

Luciano Palumbo e Anderson Masetto, de Porto Alegre