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Aviação

​Azul prevê crescimento de até 4% na oferta para 2015

Antonoaldo Neves, presidente da Azul

Antonoaldo Neves, presidente da Azul


A Azul deve crescer um pouco menos que 4% na oferta de assentos para este ano, embora tenha capacidade, em aeronaves, para crescer até 15%. Isto quem afirma é o presidente da companhia aérea, Antonoaldo Neves, em meio ao cenário desafiador criado pela crise econômica e política do país.

Desde o início do ano, o dólar acumula valorização de 46% sobre o real,
o que tem dificultado a operação das empresas aéreas por conta do
elevado peso da moeda estrangeira sobre a base de custos do setor. No
final de setembro, a associação que representa a indústria, Abear,
enviou ao governo pacote de propostas para ajudar o setor a reduzir
custos com impostos e combustível.

Ainda segundo Antonoaldo Neves, o indicador que mede preços de passagens, o yield, continua em “estado de atenção” no Brasil. A Azul vê recuperação moderada no segundo semestre, mas com cautela, tendo em vista a base de comparação fraca do ano passado. Ele ressaltou também que a Azul fechou o segundo trimestre com o maior caixa de
sua história, o que classifica como uma grande solidez financeira. “Estamos trabalhando
para cortar custos feito loucos.”

EUA – Na operação internacional, a Azul suspendeu planos de voar para Nova York e não tem planos de lançar novos voos no momento, com a alta do dólar e a fraqueza da demanda pesando sobre a lucratividade. “A demanda está mais fraca… (A operação internacional) mal está
lucrativa. Agosto não foi lucrativo, dezembro e janeiro, alta temporada,
esperamos que seja. Novembro deve ficar em break even (equilíbrio entre
receitas e despesas)”, disse Neves nesta em evento para apresentar a
remodelagem interna das aeronaves Airbus A330.

Neves afirmou ainda que a passagem de ida e volta para os Estados Unidos custa agora a partir de 400 dólares, podendo chegar a 350 com promoções. Isso fica longe dos cerca cerca dos 800 dólares, preço de uma passagem para o mesmo destino quase um ano atrás, quando a Azul começou a realizar voos para o país em dezembro.

Futuro – No plano de negócios da Azul, a empresa esperava ter lucratividade para a operação internacional um ano depois do seu início, o que a alta do dólar vem dificultando. “São preços (de passagens) muito difíceis de sustentar em uma operação de longo prazo”, afirmou o presidente da aérea.

Já em relação ao voo para Nova York, previsto para abril de 2016, Antonoaldo acredita que talvez seja lançado em julho. “Estou com esperança”, disse.

Aeronaves – O executivo afirmou ainda que a empresa deve voar menos horas por
aeronave e antecipar a devolução de aviões ATR e Embraer em leasing para
aumentar a taxa de ocupação. “Hoje a frota está estável. Ainda não
diminuímos, mas tínhamos previsão de crescer”, afirmou o executivo.

Rafael Massadar, de Campinas (SP)

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