Considerada uma “carta fora do baralho” no plano estratégico de renovação de frota apresentado no fim de 2018, as aeronaves Embraer continuarão fazendo parte das operações da Aerolíneas Argentinas. A transportadora decidiu não vender mais seus jatos Embraer E190s e agora até cogita a possibilidade de adquirir os novos E195-E2s. A decisão é de Pablo Ceriani, novo presidente da Aerolíneas Argentinas, que assumiu o cargo em dezembro.
A proposta de vender os Embraer era de Luis Malvido, agora ex-presidente da companhia. Pablo Ceriani, por sua vez, classificou a decisão como uma “loucura” e afirmou que o objetivo da atual direção é renovar a frota, inclusive com o E195-E2, que, na visão do executivo, é a melhor opção para o mercado argentino. “Não faz sentido mudar de uma frota própria para uma alugada”, afirmou.
No fim de 2018, a companhia já tinha inclusive recebido propostas de fabricantes para substituir as 26 aeronaves regionais brasileiras e que trabalhava na renovação da frota. Isto porque, desde que chegaram, as aeronaves da Embraer já sofriam contraindicações. A primeira era o tamanho. Já havia estudos na época com relação a uma aeronave com mais capacidade (cerca de 140 lugares), o que representaria uma despesa operacional até 15% maior, mas o número de assentos ofertados acabaria justificando o investimento.