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Aviação

Alitalia coloca legimitidade da Ryanair a prova após cancelamento de 2.000 voos

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Será que a companhia colocou tudo a perder nesta semana?

Não foi só o prejuízo financeiro e operacional que abalou a Ryanair nesta quarta-feira (20), após anunciar o cancelamento de 2.000 voos para as próximas seis semanas. A credibilidade e legitimidade da low-cost irlandesa também está sendo colocada a prova pela própria Alitalia, companhia que recebeu uma oferta não-vinculativa da Ryanair no último mês de julho. Isto porque os exatos 702 voos para a Itália que serão cancelados até o fim de outubro geraram dúvidas sobre a capacidade da companhia de “reviver” a Alitalia.

Totalmente ligado a esta possível investida da low-cost, o Ministro dos Transportes, Graziano Delrio, afirmou que o impacto dos cancelamentos foi “muito sério. Isto causou uma grande inconveniência para os italianos já que sempre insistimos pelo absoluto respeito aos passageiros”, disse. “Iremos monitorar a situação de perto, mas não podemos lidar com esta grande quantidade de interrupções”, completou o ministro, que ano passado tinha elogiado a Ryanair pelo investimento de mais de US$ 900 milhões na Itália, criando 2.250 postos de trabalho e 44 rotas.

A ideia da Ryanair com a possível aquisição da Alitalia é alimentar as rotas de longa distância da aérea italiana com suas operações domésticas e já capilarizadas por toda a Europa. Em outras palavras, a Ryanair poderia virar uma alimentadora oficial doméstica da Alitalia para a realização de voos internacionais de longa distância, um processo em que todas sairiam ganhando. Mas será que a companhia colocou tudo a perder nesta semana?

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