Em meio a uma crise instaurada com a Airbus, envolvendo uma possível degradação da frota de A350s comprovada por vídeo e um cancelamento, por parte do próprio fabricante, de ordens de encomenda envolvendo A321neos, a Qatar Airways fechou com a rival Boeing um pedido no valor de US$ 34 bilhões a preço de tabela, envolvendo até 100 aeronaves, entre unidades de passageiros e outras de carga.
Em uma cerimônia na Casa Branca, o CEO da Qatar Airways, Akbar Al Baker, assinou um pedido provisório de 25 jatos B737 Max 10, o maior modelo da família, além de opções de compra para mais 25 aviões. O CEO da Boeing, Dave Calhoun, a secretária de Comércio dos Estados Unidos, Gina Raimondo, e o embaixador do Qatar nos EUA, Sheikh Meshal bin Hamad Al Thani, também estiveram presentes na cerimônia.
A transportadora também será primeiro cliente da Boeing para uma versão cargueira de seu mais novo jato, o 777X, já que a fabricante de aviões marcou o lançamento oficial do novo avião de carga aérea. Para isso, a companhia assinou logo um pedido para 34 B777X, com a opção de compra de mais 16 unidades. e para dois jatos atual modelo de cargueiro 777. A Boeing espera que a aeronave de passageiro do modelo 777X entre em serviço no final de 2023, cerca de três anos de atraso.
Crise com Airbus também aconteceu em 2016
Em 2016, os problemas nos motores PW1100G by Pratt & Whitney fizeram Akbar Al-Baker perder a paciência. Na época, o próprio CEO já ameaçou até procurar a rival Boeing para uma possível nova encomenda. Na época, o CEO da Qatar Airway confirmou que já tinha iniciado conversas com a Boeing a fim de tomar uma decisão que mudaria o rumo da frota de aeronaves de corredor único (single aisle) de sua companhia: a aquisição de 30 unidades da família B737.