Aviação comercial na América Latina cresce há 15 anos consecutivos, revela ALTA

Luis Felipe de Oliveira, diretor executivo da ALTA

RIO DE JANEIRO – A dois dias do início do Fórum ALTA Airline Leaders, que debaterá a “competitividade” dentro da indústria de aviação comercial com a presença de grandes líderes do setor em Brasília, o M&E segue com a série de entrevistas com o diretor da Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (ALTA), Luis Felipe de Oliveira. Após abordar a modernização do setor aéreo no Brasil e o futuro da indústria focado nos voos de baixo custo e nas operações regionais, o executivo destaca desta vez o crescimento orgânico e saudável de toda a região da América Latina, mesmo com uma série de crises enfrentadas nos últimos 15 anos.

“O mercado de aviação comercial da América Latina tem crescido nos últimos 15 anos de forma ininterrupta. Neste período, passamos por várias crises, tanto no mercado brasileiro, quanto na Venezuela, Peru e Argentina, por exemplo, e mesmo assim conseguimos alcançar resultados superiores a 5% ao ano em toda a região, o que revela a pujança do setor em toda a América Latina e Caribe”, disse o diretor da ALTA. “E estamos entrando agora no 16° ano consecutivo de crescimento, com números que apontam para mais um resultado positivo, o que nos fez dobrar de tamanho nos últimos dez anos. Agora esperamos voltar a dobrar de tamanho nos próximos dez”, completou.

“Estamos entrando agora no 16° ano consecutivo de crescimento, com números que apontam para mais um resultado positivo, o que nos fez dobrar de tamanho nos últimos dez anos. Agora esperamos voltar a dobrar de tamanho nos próximos dez”, diz o diretor da ALTA sobre a aviação comercial na América Latina.

O executivo cita os investimentos em infraestrutura e um governo mais pró-indústria como grandes aliados do atual crescimento. “Se analisarmos os resultados positivos da região e a expectativa de seu PIB médio crescer até 3%, e sabendo que a aviação cresce, no mínimo, o dobro, teremos a continuidade do crescimento saudável da aviação em toda a região de pelos 6%, o que faz com que a gente consiga dobrar de tamanho também nos próximos dez anos”, destacou Luis Felipe de Oliveira.

Há uma preocupação com a rentabilidade das aéreas no continente, que ainda ganham muito pouco ou sofrem com prejuízos

Apesar do crescimento ininterruputo, o diretor da ALTA não escondeu a preocupação com a rentabilidade das aéreas no continente, que ainda ganham muito pouco ou sofrem com prejuízos. “É algo que tem que mudar para termos um equilíbrio econômico e não termos surpresas no futuro com quebras de mais companhias aéreas. Temos portanto que melhorar a rentabilidade, continuar crescendo, trazendo novas aeronaves e sempre trabalhando com os governos para melhorar controles de tráfego aéreo e as rotas de aproximação dos aeroportos, sempre com o intuito de economizar combustível, gerar um menor custo e contribuir com a emissão de carbono”, finalizou.

O M&E é media partner do Fórum ALTA Airline Leaders 2019