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Aviação

Boeing revela mensagens ‘pertubadoras’ de funcionários sobre B737 MAX

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Políticos norte-americanos disseram que as mensagens eram perturbadoras e mostraram “um esforço coordenado para ocultar informações” sobre falhas

Mensagens trocadas por funcionários da Boeing que trabalharam na produção e desenvolvimento do B737 MAX, entre os anos de 2015 e 2018, disponibilizadas pela própria fabricante norte-americana ao Congresso dos Estados Unidos nessa quinta-feira (9), tendem a agravar ainda mais a crise do MAX, que segue sem voar desde março de 2019. As conversas revelam duras críticas dos colaboradores à aeronave e ao processo de certificação do modelo.

Uma das mensagens de um dos funcionários (nenhum foi identificado) revela que o B737 MAX “foi desenhado por palhaços, que, por sua vez, é supervisionado por macacos”. Nestes três anos de conversas gravadas, é possível comprovar o debate dos empregados com relação ao desenvolvimento da aeronave. Um deles até pergunta quem poria a família dentro de um simulador de MAX. “Eu não”. Outro logo responde: “Não”.

B737 MAX “foi desenhado por palhaços, que, por sua vez, é supervisionado por macacos” – afirmou um funcionário da Boeing não identificado

Políticos norte-americanos disseram que as mensagens eram perturbadoras e mostraram “um esforço coordenado para ocultar informações” sobre falhas na aeronave, que foi aterrada no ano passado após dois acidentes fatais.Em mensagens enviadas em abril de 2017, um funcionário se referiu à Autoridade Federal de Aviação dos EUA (FAA), que certificou o avião como seguro para voar. “Ficarei chocado se a FAA aprovar esta bosta”. Já em abril de 2018, outro funcionário afirma que “ainda não tinha sido perdoado por Deus pelo o que cobri no último ano”.

Fotos de satélite revelam dezenas de B737 MAX não entregues

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É no centro de manuntenção de San Antonio que a Boeing estoca exatas 74 unidades prontas para retornarem ao serviço

Fotos de satélite divulgadas na última semana de Kelly Field, em San Antonio, no Texas, mostram a real situação da fabricante norte-americana, que segue estocando aeronaves prontas em seus grandes pátios pelos EUA, como já acontece em Washington, por exemplo, onde as aeronaves invadiram o estacionamento de carros da Boeing. Este foi um dos motivos que fez a fabricante interromper a produção do MAX já a partir deste mês.

É lá no centro de manuntenção de San Antonio que a Boeing estoca exatas 74 unidades prontas para retornarem ao serviço. Nas fotos divulgadas na última semana, é possível ver cerca de 19 aviões que estavam fora de seus hangares no extremo sul da antiga base militar, em meados de dezembro, que serão logo os primeiros a serem entregues após a tão esperada aprovação dos órgãos reguladores.

Fonte: The Guardian

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