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Aviação

Boeing suspenderá produção do B737 MAX a partir de janeiro

MAX-7 Paint Hangar Rollout for Employee Rollout Ceremony

Decisão foi anunciada pela fabricante na última segunda-feira (16).

A Boeing irá suspender a produção do 737 MAX a partir de janeiro de 2020. A ação, divulgada recentemente pela multinacional, visa a priorização da entrega de 400 aeronaves fabricadas durante o aterramento do modelo e que ainda encontram-se armazenadas. Em um comunicado à imprensa, a Boeing falou sobre os desafios que enfrenta no momento e as medidas que serão tomadas para que as consequências não sejam ainda maiores.

“Devolver com segurança o 737 MAX ao serviço é nossa principal prioridade. Sabemos que o processo de aprovação do retorno de serviço do 737 MAX e de determinação de requisitos de treinamento apropriados deve ser extraordinariamente completo e robusto, para garantir que nossos reguladores, clientes e o voo público confiem nas atualizações do 737 MAX”, comentou a Boeing.

Além disso, de acordo com a empresa, entre os motivos para a suspensão da produção também estão: a extensão da certificação até 2020, a incerteza sobre o momento, as condições do retorno ao serviço e as aprovações globais de treinamento. “Como dissemos anteriormente, a FAA e as autoridades reguladoras globais determinam o cronograma para a certificação e o retorno ao serviço. Continuamos totalmente comprometidos em apoiar esse processo. É nosso dever garantir que todos os requisitos sejam cumpridos e que todas as perguntas de nossos reguladores sejam respondidas”, completou.

Ao longo do ano, foi possível observar como o ‘Efeito MAX’ influenciou negativamente o mercado da aviação. Na própria fabricante foi possível observar a queda no número de aeronaves entregues e um prejuízo de mais de US$ 7 bilhões em custos, além da queda de 35% da receita no 2º trimestre e de 21% da receita no 3º trimestre de 2019.

Para a canadense, Air Canada, o prejuízo também tem sido grande. Em maio, a companhia precisou arrendar aeronaves do modelo, cancelando rotas e gerando atraso em alguns lançamentos. Além disso, a suspensão das aeronaves foi responsável por uma queda de 9,4% dos lucros da empresa no 3º trimestre de 2019, que ficou sem operar 36 de suas aeronaves.

A United e a American sofreram, juntas, com o cancelamento de 15 mil voos entre julho e novembro de 2019. Diversas companhias esperavam ainda o retorno das operações com o modelo para o início de 2020. Além disso, com a paralisação, a irlandesa Ryanair ameaçou fechar as portas e cortas voos, visto que sua operação estava sendo realizada apenas com metade das aeronaves previstas para o ano.

A Gol, única companhia do Brasil a operar com o modelo, também foi uma das afetadas pela paralisação, adiando seus planos de renovação da frota e arrendando os modelos B737-800s. Apesar disso, a companhia estava otimista e acreditava no retorno das operações com o 737 MAX ainda em novembro deste ano.

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