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Aviação

Efeito MAX: Gol acredita que aeronave deve voltar a voar até o fim do ano

Paulo Kakinoff com o novo B737 MAX da Gol

Paulo Kakinoff na apresentação do B737 MAX da Gol

SÃO PAULO – O presidente da Gol, Paulo Kakinoff, acredita que até o final do ano o Boeing 737 MAX estará de volta as operações. Segundo ele, a expectativa está em linha com as da Boeing, que deve terminar seus testes em setembro e ter seus voos liberados logo em seguida, em outubro.

A Gol é a única companhia no Brasil a operar a aeronave, que desde março está sem autorização de voar devido a um problema no sistema de controle de voo, algo em que a Boeing segue trabalhando para resolver. A companhia possui sete aeronaves deste modelo que estão parados aguardando autorização para voltar a voar.

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Além dessas sete aeronaves em terra, a Gol ainda tem um pedido que deve ser entregue no segundo semestre desse ano. “Devemos receber até o final do ano entre dez e 14 novas aeronaves, e esperamos colocá-las em operação o mais breve possível. Só precisamos de um tempo para levar a tripulação para buscá-las, o que deve demorar entre 45 e 60 dias”, contou.

Com a chegada dessas novas aeronaves, a Gol deve anunciar também novas rotas. Quanto a segurança do modelo, Kakinoff disse que isso não é uma questão. “Acredito que tenhamos hoje a aeronave mais segura do mercado. Nunca antes na história da aviação tivemos um modelo tão duramente analisado e avaliado quanto o 737-MAX”, finalizou.

Entenda o caso

Após os dois acidentes com B737 MAX de Lion Air e Ethiopian Airlines num período inferior a seis meses, todas as aeronaves tiveram suas operações suspensas em todo o mundo. A fabricante logo descobriu falhas no software utilizado pelo modelo, fez seus ajustes e atualizações, e agora segue trabalhando com as autoridades de aviação de todo o mundo para assegurar a retomada dos serviços da aeronave.

A fabricante assumiu que a aprovação de toda a regulamentação necessária para retomar os serviços do MAX só deve acontecer mesmo no começo do último trimestre de 2019, a partir de outubro. O custo adicional de produção chegará a  US$ 1,7 bilhão no trimestre por conta, justamente, do período de menor taxa de produção de B737s ter durado mais do que o previsto. Para 2020, a ideia é voltar ao ritmo normal e passar de 42 unidades para 57/mês.

A suspensão das operações do B737 MAX em todo o mundo, após dois acidentes fatais, fez o número de aeronaves entregues pela Boeing no segundo trimestre despencar. Enquanto a fabricante norte-americana tinha registrado 149 unidades entregues no primeiro trimestre, de abril a junho apenas 90 deixaram suas fábricas, embora muitas já estejam prontas para decolar.

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