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Aviação / Turismo em Dados

Maior eficiência, expansão e frota de B737: os planos da Voepass para 2022

Eduardo Busch CEO Voepass foto Fernando Battistetti - Passaredo (14)

Eduardo Busch, CEO da Voepass (Fernando Battistetti)

A Voepass fechou o ano de 2021 com 40 cidades atendidas em todo o Brasil, por uma frota de 12 aeronaves ATR-42 e -72, alcançando cerca de 85% do que era ofertado antes da pandemia (47 destinos em 2019). Pronta para os desafios de 2022, a companhia espera expandir suas operações com o reaquecimento do mercado, aumentar a eficiência operacional de sua frota, em meio ao aumento dos custos, e inaugurar as operações do Boeing 737.

Em entrevista ao M&E, o CEO da Voepass, Eduardo Busch, comentou sobre o plano estratégico para este ano, mas sem antes celebrar o fato da companhia ter conseguido sobreviver à pandemia, num ano de 2021 até mais desafiador do que 2020. “Fico feliz por termos sobrevivido a um ano desafiador, mais difícil do que o primeiro ano de pandemia, já que em 2020 ficamos 100 dias sem operar. Em 2021, mantivemos as operações ainda que de forma reduzida, ou seja, não paramos, e assim tivemos que ter uma grande disciplina de caixa”, destacou.

No entanto, a partir de junho do ano passado, as operações começaram a ser retomadas de maneira sólida com o aumento de demanda de passageiros. “A partir daí começamos nossa retomada e chegamos agora em dezembro operando em 40 destinos, cerca de 85% do pré-pandemia”, disse. “Vemos tudo com grande mérito por termos conseguido passar por momentos difíceis sem ter demitido qualquer funcionário”, completa Eduardo.

O ano de 2022: otimismo prevalece em meio às incertezas

Eduardo Busch foi sincero. Difícil fazer planos e divulgar previsões ainda em meio às incertezas da pandemia. O alto custo operacional em dólar, com o barril do petróleo chegando a US$ 100, ainda pode ser uma “pedra no caminho”. No entanto, ele reconhece que a retomada da oferta operada no pré-pandemia vai acontecer naturalmente, com o consequente aumento da demanda, mas sempre de maneira “cautelosa”.

Serão retomadas as operações diárias entre Ribeirão Preto e Brasília, além do incremento de voos para o Santos Dumont e Congonhas, na segunda quinzena de março

“Estamos trabalhando 2022 de uma maneira bem cautelosa. Sentimos um aquecimento da demanda, mas por outro lado temos uma pressão muito forte nos custos em dólar, como o petróleo, o que pode acabar freando um pouco esse crescimento”, disse Eduardo, que revelou ainda a retomada das operações diárias entre Ribeirão Preto e Brasília, além do incremento de voos para Santos Dumont e Congonhas, na segunda quinzena de março.

Parceria de sucesso com a Gol

Segundo o CEO da Voepass, a parceria com a Gol acabou se mostrando um case de sucesso. Primeiramente, ele comentou sobre os ganhos da Gol. “A parceria proporciona uma aeronave adequada para ela operar em mercados regionais sem precisar investir num projeto de diversificação de frota. O modelo de negócios da companhia é de frota única e alta utilização e, com a Voepass, ela consegue acessar mercados de baixa demanda”, disse.

“Enquanto a Gol cria uma maior eficiência nas operações, pelo nosso lado conseguimos otimizar a questão das receitas. Os canais de distribuição da Gol são muito mais eficientes que o nosso, o que nos ajuda a manter uma operação superavitária e rentável”

E logo depois celebrou os bons resultados para a Voepass. “Enquanto a Gol cria uma maior eficiência nas operações, pelo nosso lado conseguimos otimizar a questão das receitas. Os canais de distribuição da Gol são muito mais eficientes que o nosso, o que nos ajuda a manter uma operação superavitária e rentável. Hoje temos seis aeronaves dedicadas às essas operações em parceria, voando para 20 destinos”, frisou Busch.

O ano ficará marcado pelo início dos voos do Boeing 737

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Companhia já iniciou o processo de certificação da aeronave na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que segue em trâmite

A diversificação da frota da Voepass, com o anúncio de que iria operar o Boeing 737, pode ter pego muitos de surpresa, mas há uma razão para isso: Congonhas! A estreia da aeronave está marcada para este ano, algo que continua em pauta nos bastidores da Voepass. Segundo Eduardo, a companhia já iniciou o processo de certificação da aeronave na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que segue em trâmite.

“Além disso, aguardamos a Resolução 338 da Anac de revisão, distribuição dos slots do Aeroporto de Congonhas, advindos do aumento de capacidade do aeroporto. Isto porque, vinculamos nossas operações com o B737 à esse aumento de capacidade, que ainda não temos certeza de que tamanho será. Apesar disso, temos a certeza de que a aeronave entrará em operação em outubro, antes do início da próxima temporada de verão”, destacou.

“B737 não vai fazer com que a Voepass perca sua essência de ser regional. “A frota chegará para atender Congonhas, a alta densidade do aeroporto, dependendo diretamente do aumento de capacidade e dos slots atribuídos”

A ideia, segundo Busch, é ter ainda neste primeiro semestre um B737 no Brasil devidamente certificado pela Anac para iniciar as operações. Ele frisa, no entanto, que a aeronave não vai fazer com que a Voepass perca sua essência de ser regional. “Vamos ter sempre um DNA regional. Essa frota de B737 chegará para atender Congonhas, a alta densidade do aeroporto, dependendo diretamente do aumento de capacidade e dos slots atribuídos”, comenta.

Rota das Emoções

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Operações na Rota das Emoções começaram em dezembro

A Voepass iniciou suas operações na Rota das Emoções em dezembro do ano passado. Jericoacoara, no Ceará, Parnaíba, no Piauí, Fortaleza, no Ceará, Teresina, no Piauí, Petrolina, em Pernambuco, e Juazeiro do Norte, no Ceará, são as cidades contempladas pelas operações da companhia, que teve que realizar alguns ajustes para a baixa temporada e viu o mercado regional respondendo muito bem às novas ligações.

“Estamos atendendo um mercado de negócios local entre Teresina, Fortaleza, Juazeiro e Jericoacoara, uma demanda bem alta deste público corporativo. Parnaíba, por exemplo, tem uma forte ligação com Teresina, então é esse fluxo que tem mantido as operações interessantes”, disse Eduardo. “Fizemos alguns ajustes na Rota das Emoções recentemente após termos criado frequências complementares na alta temporada”, destacou.

Marketshare de passageiros embarcados chega a 1%

As operações de Voepass e MAP bateram em 2021 exato 1% de participação de mercado no quesito passageiros embarcados e 0,4% como produção de ASK. Eduardo Busch celebrou os dados, agradeceu o trade e demonstrou todo o apoio. “Precisamos focar na eficiência e em boas negociações para que possamos aumentar ainda mais nosso marketshare, e contamos com o trade para isso. Vamos incrementar estes números”, disse o CEO.

Ele lembrou que a Voepass passa por um momento desafiador, muito mais por conta do aumento dos custos, do que da própria pandemia. “Hoje o passageiro está confortável, está seguro em voar. Precisamos focar na eficiência operacional. E para isso contamos com o apoio do trade, sempre abertos a ouvir as demandas. Devemos crescer neste ano dentro do nosso plano de expansão e aguardamos que o mercado cresça junto”, finalizou Busch.

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