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Aviação

Emirates rebate críticas da Delta sobre oferta entre EUA–Dubai

Aéreas do Golfo acreditam que o pobre serviço oferecido pelas norte-americanas é o responsável pela perda de mercado

Aéreas do Golfo acreditam que o pobre serviço oferecido pelas norte-americanas é o responsável pela perda de mercado


Na última segunda-feira (10), a Delta Air Lines anunciou sua decisão de reduzir a oferta de voos para o Oriente Médio, ao alegar um atual excesso de capacidade nas rotas entre Estados Unidos e Dubai. A oferta menor por parte da Delta está diretamente ligada à concorrência agressiva que as aéreas dos EUA estão enfrentando atualmente por causa da Emirates, Etihad e Qatar Airways.

Na noite desta terça-feira (11), a Emirates Airline resolveu se defender alegando não ser a culpada pelo excesso de capacidade nos serviços entre os dois continentes, rejeitando, portanto, qualquer crítica por parte da Delta Air Lines. De acordo com um porta-voz da Emirates, a tentativa da Delta de colocar a culpa em cima das aéreas do Golfo (Emirates, Etihad e Qatar) é “uma jogada política ou apenas uma simples desculpa para sustentar o preço das tarifas a um nível superior ao limite da capacidade”.

No atual momento, de acordo com a Delta Air Lines, existe uma oferta de voos muito maior do que a própria demanda, embora o tráfego de passageiros e cargas entre os continentes seja intenso. A aliança formada pelas três aéreas norte-americanas, o Big 3, chamada de Partnership for Open & Fair Skies, que defende os interesses de um mercado “livre e justo”, alega que as três aéreas do Golfo receberam US$ 42 bilhões em subsídios do governo na última década, o que acarretou em uma concorrência injusta e desleal.

A aliança afirma, ainda, que os subsídios permitiram as aéreas serem responsáveis pela queda da capacidade ofertada pelas companhias norte-americanas e pela queda no preço das tarifas, ações que expulsaram outros concorrentes da rota entre os países. Emirates, Etihad e Qatar sempre negaram o recebimento de subsídios e afirmam que o pobre serviço oferecido pelas aéreas norte-americanas é o grande responsável pela perda de mercado.

Ao citar os dados do Departamento de Transporte dos EUA, a Emirates afirmou que a ocupação média nas rotas entre Atlanta e Dubai, entre os anos 2013 e 2014, ficou acima de 85%, o que mostra que o excesso de capacidade não é o grande causador deste prejuízo por parte do Big 3. Sobre a afirmação, a aliança Partnership for Open & Fair Skies acredita que aeronaves cheias não necessariamente indicam que uma rota é lucrativa, uma vez que as aéreas criam descontos para assentos e deixam os viajantes frequentes viajarem de graça.

As acusações do recebimento de subsídios das aéreas do Golfo, provenientes do governo, fazem parte de uma campanha liderada pelo Big 3 para persuadir a administração presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a iniciar conversas sobre as ameaças e desvantagens junto à Emirates, Etihad e Qatar. O pedido ainda está sob revisão do governo.

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