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Aviação / Destinos

Galeão sofre com falta de conectividade doméstica e de voos internacionais para se reerguer

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Autoridades e executivos debateram a “Infraestrutura aeroportuária e impactos no turismo e na economia do Rio” (Reprodução/Facebook)

Em mais uma edição do evento “Reage, Rio!”, iniciativa dos jornais O Globo e Extra, com apoio da Fecomércio RJ, que tem como tema a polêmica situação do Galeão, Eduardo Paes, prefeito do Rio, Claudio Castro, governador do RJ, e Ricardo Noman, secretário nacional de Aviação Civil, debateram nesta manhã de segunda-feira (24) soluções para criar um equilíbrio no sistema de multi aeroportos da cidade. Mas, e a questão da “Infraestrutura aeroportuária e impactos no turismo e na economia do Rio”?

“A situação isolada do Galeão não se sustenta. Depende do Santos Dumont que hoje está abarrotado, com serviços precários”

Este é o tema do segundo painel do evento, que desta vez contou com os convidados Patrick Fehring, diretor de Negócios Aéreos do RIOgaleão, Ricardo Keiper, diretor de Supply Chain da GE Aviation, Luis Strauss, presidente do Conselho do RioCVB e presidente da Abav-RJ, Otávio Leite, consultor da Presidência da Fecomércio RJ e doutorando em Turismo, e Respício do Espirito Santo, professor de transporte aéreo da Escola Politécnica da UFRJ.

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Otávio Leite, consultor da Presidência da Fecomércio RJ e doutorando em Turismo (Reprodução/Facebook)

Otavio Leite destacou que a Fecomércio RJ apoia integralmente os esforços para que se encontre um denominador comum e uma solução, incluindo uma possível restrição do fluxo aéreo do Santos Dumont. “Essa interligação umbilical é uma realidade dos aeroportos, e precisamos ter fluxo aéreo, mais voos, mais conectividade, mais oportunidades para o Galeão. A situação isolada do Galeão não se sustenta. Depende do Santos Dumont que hoje está abarrotado, com serviços precários”, disse o consultor.

Ele lembra que é essencial sair dos “ridículos” 6 milhões de passageiros ao ano para que possa apontar para aquilo que se desenhou como ideia e está estruturado para tal, que eram 34 milhões passageiros por ano no Galeão. “Mas como resolver isso? Precisamos de voos e isso envolve uma série de medidas que têm a ver com o tamanho do nosso mercado, originário do Rio de Janeiro, mas também de uma conectividade que possa alimentar o terminal”, completou Otavio Leite.

Rio tem menos conectividade que Belo Horizonte

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Patrick Fehring, diretor de Negócios Aéreos do RIOgaleão (Reprodução/Facebook)

Patrick Fehring, diretor de Negócios Aéreos do RIOgaleão, lembrou, por sua vez, que um aeroporto bem conectado precisa ser um hub, onde uma companhia aérea crie conectividade. “É preciso mais destinos, mais frequências e mais aeronaves. Belo Horizonte tem hoje ligação com 39 destinos, enquanto o Rio de Janeiro só tem 24. Ou seja, somos um mercado muito maior, mas temos uma conectividade muito pior do que uma cidade menor e com menos demanda”, destaca Patrick.

“Belo Horizonte tem hoje ligação com 39 destinos, enquanto o Rio de Janeiro só tem 24. Ou seja, somos um mercado muito maior, mas temos uma conectividade muito pior do que uma cidade menor e com menos demanda”

Ele lembra ainda que um aeroporto bem conectado é atrativo para as empresas, porque atrai congressos e eventos que vivem da conectividade da cidade, fomentando novos segmentos e gerando riqueza na economia. “Hoje 1/3 de quem voa pelo Galeão faz conexão. A Lufthansa, por exemplo, tem 3 voos semanais para o Rio. E não opera mais, porque a alimentação dos seus voos depende de outras partes do Brasil, como Porto Alegre. E não temos voos diretos para lá”, denuncia o diretor.

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Luis Strauss, presidente do Conselho do RioCVB e presidente da Abav-RJ, por sua vez, lembrou que o SDU está operando com 40% a mais do que a capacidade padrão, o que acaba comprometendo a conectividade no aeroporto internacional. Isso mexe com indústria e com o Turismo. O estado perde muito com a questão do Galeão justamente pela questão da conectividade. Ninguém é contra o Santos Dumont, mas não pode estar super dimensionado como está. Somos a favor de um Galeão mais equilibrado”, disse.

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Luis Strauss, presidente do Conselho do RioCVB e presidente da Abav RJ (Reprodução/Facebook)

Já segundo Respício do Espirito Santo, professor de transporte aéreo da Escola Politécnica da UFRJ, os dois aeroportos podem coexistir, quer em administrações diferentes ou não. “Precisamos de uma administração eficiente e eficaz, seja pública ou privada, isto é indiferente. O importante é darmos um retorno para a sociedade. Talvez estejamos com um déficit de atenção com relação a isso, porque não buscamos soluções para o Galeão sem colocar o Santos Dumont como vilão”, destacou.

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