Como vimos aqui no M&E, a fabricante de motores Pratt & Whitney descobriu um problema com pó de metal usado em algumas peças. E os problemas com os motores que alimentam as aeronaves Airbus A320neo são mais complicados do que pareciam. A RTX, empresa controladora da P&W, disse que a rara condição do metal em pó usado para fabricar certas peças de motores PW1100 GTF exigirá que cerca de 600 a 700 motores sejam retirados de serviço.
A checagem e a manutenção irão acontecer entre 2023 e 2026, mas a maioria dessas remoções deve ocorrer entre agora e o início de 2024. Os problemas do motor terão um impacto de US$ 3 bilhões a US$ 3,5 bilhões nos lucros da RTX, disse a empresa. As companhias aéreas dos EUA impactadas por essas 1,2 mil inspeções incluem Spirit, Hawaiian e JetBlue. No Brasil, a Azul já informou que não tem aeronaves com esses motores, enquanto a Latam tem apenas uma unidade.
De acordo com a diretriz da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos, as companhias aéreas terão que realizar inspeções ultrassônicas dos motores. A FAA disse que emitiu a primeira ordem de emergência após analisar um incidente de 24 de dezembro de 2022 no qual um jato Airbus movido por Pratt & Whitney PW1100 teve que abortar a decolagem após um desligamento do motor. O incidente revelou que esses motores são suscetíveis a falhas muito antes do determinado anteriormente.