
Companhias de diversos países que fazem operações pelos destinos alteraram rota de seus voos (Divulgação/IndiGo)
Nesta quarta-feira (7), o conflito entre a Índia e o Paquistão, com armas nucleares ao longo da fronteira, fez com que companhias aéreas se cancelassem, desviassem ou redirecionassem seus voos. Veja a situação aérea de cada país:
Paquistão: se acordo com um canal de notícias local, o país fechou temporariamente o seu espaço aéreo, suspendendo todos os voos domésticos e internacionais em todos os aeroportos do país, incluindo Lahore, Karachi, Faisalabad, Sialkot e Quetta.
Índia: a IndiGo informou que cancelou ontem 165 voos de 11 localidades, incluindo Srinagar, na Caxemira, perto da fronteira noroeste do país com o Paquistão. A companhia IndiGo, que efectua mais de 2.200 voos diários, é uma das mais afetadas pelos confrontos. Já os voos das companhias Air India, SpiceJet e Akasa Air foram igualmente cancelados devido ao encerramento de vários aeroportos na Índia.
Coreia do Sul: a Korean Air começou a redirecionar os seus voos de Seul Incheon para o Dubai, utilizando uma rota a sul que passa por Myanmar, Bangladesh e Índia, em vez do caminho anterior através do espaço aéreo paquistanês. “Estamos actualmente a monitorizar a situação para novas alterações”, disse um funcionário da Korean Air à AFP.
Taiwan: a companhia aérea China Airlines, de Taiwan, informou que vários voos foram desviados ou cancelados. Dois voos de Taipé para Frankfurt e Amesterdão “fizeram um desvio técnico para Banguecoque” antes de regressarem à capital taiwanesa. Três voos de Taipé para Praga, Roma e Londres foram cancelados na terça e quarta-feira. “A China Airlines continua a monitorizar a situação e ajustará os horários dos voos conforme necessário”, afirmou.
A EVA Air afirmou que irá ajustar os voos de e para a Europa “com base nas condições actuais para evitar o espaço aéreo afetado e garantir a segurança dos membros da tripulação e dos passageiros”. Um voo de Viena para Banguecoque regressará à capital austríaca, enquanto um voo de Taipé para Milão será desviado para Viena para reabastecimento de combustível, prosseguindo depois para a cidade italiana, informou a companhia aérea em comunicado.
Rússia: a companhia aérea nacional russa Aeroflot disse que todos os seus voos de Moscovo para e da Índia, Tailândia, Sri Lanka, Maldivas e Seychelles seriam redirecionados.
Singapura: a Singapore Airlines informou que os seus voos foram redirecionados para evitar o espaço aéreo paquistanês.
Malásia: a Malaysia Airlines desviou dois voos de Kuala Lumpur – um para Londres Heathrow e outro para Paris Charles de Gaulle. Os voos fizeram uma paragem em Doha antes de prosseguirem as suas viagens. A companhia aérea também suspendeu todos os voos de e para Amritsar, na Índia, até 9 de maio.
Tailândia: a Thai Airways informou que estava a redirecionar os voos para destinos na Europa e no Sul da Ásia para evitar o espaço aéreo paquistanês, alertando para possíveis atrasos.
Segundo a companhia aérea, pelo menos oito voos para cidades europeias foram afetados, tendo sido cancelado um voo de regresso de Banguecoque para Islamabad e vice-versa na quarta-feira.
Sri Lanka: a Sri Lankan Airlines informou que os seus voos não foram afectados e que não houve alterações nos seus quatro voos semanais para Lahore e Karachi, no Paquistão.
Emirados Árabes Unidos: de acordo com o The Independent, companhias aéreas do Golfo, como a Emirates, a Etihad, a Qatar Airways e a Flydubai, cancelaram os voos para cidades do norte do Paquistão e da Índia, incluindo Lahore, Islamabad, Sialkot e Amritsar. A Emirates pediu aos passageiros para “não se dirigirem aos aeroportos” das cidades afectadas e confirmou que os voos para Karachi continuam operacionais.
KLM: um porta-voz da companhia aérea holandesa KLM disse que não estava a sobrevoar o Paquistão até nova ordem.