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Roberto Fusaro, diretor da MSC nos EUA
MIAMI – A atuação global da MSC Cruzeiros posicionou a companhia com líder do segmento em Europa, América do Sul e mais recentemente Oriente Médio. Em meio a mercados consolidados, o grande desafio da armadora passou a ser o aumento de sua participação na América do Norte, mais precisamente nos Estados Unidos, responsável por metade do volume de cruzeiristas do mundo.
O primeiro passo deste desafio foi dado em 21 de dezembro de 2017, com a inauguração do MSC Seaside, segundo navio da nova fase de expansão da companhia, estrategicamente projetado para operar no Caribe. O navio feito sob encomenda para o país tinha o objetivo de servir como chamariz para a nova frota em construção.
“A estratégia é muito clara. A gente é líder na Europa e na América do Sul e temos 13 navios em construção. Precisamos lotar estes navios e para isso é fundamental aumentar nossa presença no maior mercado de cruzeiros do mundo. Hoje a metade dos cruzeiristas sai da América do Norte, por isso precisamos ter um pé forte nos EUA. Começamos em Miami, que a capital mundial dos cruzeiros. Primeiro foi um navio sazonal, depois um navio o ano inteiro e agora no fim deste ano serão quatro navios”, afirma Roberto Fusaro, diretor da MSC Cruzeiros nos EUA.
Adrian Ursilli, diretor da MSC Brasil, com Roberto Fusaro
A operação no país, que já contava com MSC Armonia e Divina, teve no Seaside o grande destaque, fazendo roteiros no Caribe em tempo integral. Este ano a operação ganha o reforço do MSC Meraviglia, que inicia com uma temporada em Nova York e depois segue para Miami em novembro, completando a frota de quatro navios da MSC na região.
Inicialmente, os planos eram preencher estes navios com um público composto em 80% por americanos, como salientado por Fusaro durante a cerimônia de inauguração do Seaside, em 2017. Passados dois anos, esta meta ainda não foi alcançada, não por falta de lotação, mas pela característica internacional da companhia, como destaca Fusaro.
“Estamos acima dos 60% de americanos. Naturalmente gostaríamos de ter mais americanos, mas a MSC é muito internacional e esta é nossa força. Ficamos contentes por ter passageiros de todo mundo, como brasileiros e europeus. Este é um trabalho longo. Gostaria de chegar a 80%, principalmente em produtos como Nova York em que vamos precisar de mais americanos. Mas quando o navio está lotado é sempre positivo, independente da nacionalidade”, ressalta.
Fusaro ainda chama atenção para o perfil de público que passou a nortear a estratégia da companhia no país. “Se concorrer só no preço você vai perder a batalha, então tivemos que identificar o nosso target. Descobrimos que o nosso público é o perfil mais internacional, que vê valor em uma experiência internacional que a MSC oferece. Tem muito americano que gosta deste conceito de internacionalidade com gastronomia de diversos países. Chamamos esse segmento de open mind explorers”,argumenta.
OCEAN CAY
Ocean Cay MSC Marine Reserve receberá primeiros hóspedes em novembro
Se o aumento de navios já é um indicativo de atenção especial para a região, a inauguração de uma ilha privativa no roteiro do Cariba reforça ainda mais esta estratégia. Com abertura prevista para novembro, a Ocean Cay será a ilha privativa da MSC nas Bahamas e receberá todos os quatro navios em operação na região. Com uma atmosfera focada em uma experiência de natureza, o novo produto será integrado à experiência do navio, com todos os produtos e serviços adquiridos por meio da pulseira ou do cartão do cruzeiro.
WORLD CLASS E NOVO TERMINAL
Anunciado em abril, o novo terminal da MSC vai ampliar a capacidade da companhia em Miami. O espaço será inaugurado em 2022, mesmo ano da entrega do primeiro navio da World Class, a que trará os maiores navios da companhia, com capacidade para 7 mil passageiros. O novo terminal de Miami será projetado para receber dois navios World Class simultaneamente.
Projeto do terminal multicruzeiros das MSC no Porto de Miami
“São dois espaços para os navios World Class. É um terminal para 14 mil passageiros embarcando e 14 mil desembarcando. A ideia é em um fim de semana ter dois navios operando”, explica o diretor da MSC nos EUA. Com a nova estrutura, a MSC entregará o terminal F, inaugurado em 2017 para receber o MSC Seaside.
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