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Hotelaria

Hotelaria tem deflação de 4% em 12 meses

Ricardo Meirelles de Faria ressaltou ainda que o Brasil se encontra em 123o lugar no ranking que mede o empreendedorismo de cada país, o que afeta os índices do setor de serviços

Ricardo Meirelles de Faria ressaltou ainda que o Brasil se encontra em 123o lugar no ranking que mede o empreendedorismo de cada país, o que afeta os índices do setor de serviços

A hotelaria no Brasil apresentou uma deflação de 4% nos últimos 12 meses de acordo com dados apresentados no 18o Encontro Comercial do Fohb, no Grand Hyatt São Paulo, nesta segunda-feira (04/09). Segundos os índices, o valor de estadias chegou a atingir um pico durante a Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, quando então o país recebeu milhares de turistas estrangeiros, mas que decaiu muito nos últimos 2 anos em decorrência da crise econômica.

Neste ano, a dívida líquida do governo federal deve atingir entre 30% a 50% do PIB nacional, o que tem obrigado o poder público a aumentar os impostos afim de conter a sangria da dívida. Além disso, o déficit orçamentário da espera pública resultou em cortes de de gastos em diversos setores, para tentar conter as perdas.
De acordo com o doutor em economia da FGV,e quem conduziu a apresentação dos números, Ricardo Meirelles de Faria, o cenário hoteleiro foi fortemente prejudicado pela dívida pública, que afetou diretamente o setor de serviços. “O Brasil chegou ao fundo do poço. O PIB em 2017 deve ficar em 0,8% e tendo uma leve alta apenas no fim de 2018, quando o PIB chegará a 2,5%. Hoje temos também uma capacidade instalada ociosa da hotelaria de 77%, além da força de trabalho ociosa, deixando muitos desempregados e uma oferta sem demanda”, afirmou.
Ricardo ressaltou que a solução para haver uma retomada deve partir mais da administração pública, que hoje participa de mais de 43% do PIB brasileiro. “Hoje, administrar o fisco do Brasil consome milhares de horas que poderiam ser revertidas em produtividade dos funcionários, que está entre as mais baixas nos índices globais. Precisa haver uma movimentação do governo para conter a dívida e reajustar as contas públicas. Não é ser pessimista, mas ser realista”, concluiu o executivo.
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