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Serviços / Turismo em Dados

Comércio já perdeu R$ 124 bilhões com a pandemia, diz CNC

E-commerce. Shopping cart with cardboard boxes on laptop. 3d

Intensificação de estratégias alternativas, como e-commerce, contribuiu para que as perdas se dessem de forma menos intensa mais recentemente

Um novo estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revelou que as perdas diretas impostas ao comércio pela crise provocada pelo novo coronavírus chegaram a R$ 124,7 bilhões após sete semanas do surto da doença (de 15 de março a 2 de maio). O valor representa um encolhimento de 56% no faturamento do varejo, em relação ao período anterior ao início da pandemia (confira a análise completa).

A CNC estima, ainda, que a crise tem potencial para eliminar cerca de 2,4 milhões de postos formais de trabalho no setor, em um intervalo de até três meses. As perdas do setor, que chegaram a R$ 23,03 bilhões na segunda semana após o início da pandemia, têm diminuído gradativamente desde então. Na última semana pesquisada, recuaram a R$ 18,04 bilhões.

“A concretização desse cenário, no entanto, dependerá de como as empresas do setor vão reagir às medidas anunciadas pelo governo e, em última instância, à própria evolução da pandemia nas próximas semanas”, avalia o presidente da CNC, José Roberto Tadros, ressaltando que a entidade elaborou um guia com orientações sobre o momento da retomada das atividades econômicas no Brasil após a quarentena, com o objetivo de ajudar os empresários na reabertura dos negócios.

O economista da CNC responsável pelo trabalho, Fabio Bentes, explica que a intensificação de estratégias alternativas, como e-commerce, m-commerce, vendas por aplicativos de redes sociais, serviços de delivery e drive-thru, contribuiu para que as perdas se dessem de forma menos intensa mais recentemente. “Contudo, não foram suficientes para impedir o acúmulo de novos resultados negativos ao longo de todo o mês de abril”, pondera o economista.

Outro fator que pode ter contribuído para os resultados foi a menor adesão ao isolamento social. De acordo com a consultoria Inloco, a movimentação de consumidores, medida pelo rastreamento de celulares, que chegou a se aproximar de 70% no fim de março, encontra-se atualmente abaixo dos 44%.

Nas sete semanas encerradas no início de maio, as perdas mais expressivas se concentraram nos segmentos varejistas especializados na venda de itens não essenciais (R$ 111,61 bilhões). Já as vendas de alimentos e medicamentos, segmentos que respondem por 37% do varejo brasileiro, acumularam perdas de R$ 13,12 bilhões no período.

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