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“Turismo Rodoviário no Brasil ficará ainda mais competitivo”, diz CEO da BuscaOnibus

José Almeida, CEO e fundador do BuscaOnibus

José Almeida, CEO e fundador do BuscaOnibus

SÃO PAULO – Cerca de 80 milhões de brasileiros utilizam o transporte rodoviário todos os anos, chegando a quase 5,4 mil empresas em operação no setor. No entanto, apesar de movimentar R$ 15 bilhões por ano, responder por dois terços do total de viagens interestaduais e atingir cerca de 70% dos municípios brasileiros, ainda é difícil encontrar representantes do turismo rodoviário em grandes feiras do setor turístico, o que ocasiona em menos visibilidade para as empresas rodoviárias no Brasil.

Mas por conta de novos trâmites de concessões, empresas internacionais podem chegar ao Brasil nos próximos anos, o que aquecerá o mercado e promoverá valores ainda mais competitivos nas passagens rodoviárias.

Para José Almeida, CEO da BuscaOnibus, a falta das empresas rodoviárias nesses eventos acaba por gerar uma falta de acesso por parte das agências e operadoras aos acontecimentos e desenvolvimentos do setor.

“Da mesma maneira que as empresas sofreram um baque há dez anos com o desenvolvimento e barateamento do transporte aéreo, as agências e operadoras tem que estar ligadas nas novidades, principalmente com as transformações nos serviços de fretamento”, disse.

Segundo Almeida, o que vem acontecendo hoje é uma percepção de que o mercado aéreo não atinge todas as regiões turísticas do Brasil, por isso, é possível perceber que os pacotes oferecidos pelas agências e operadoras estão começando a incluir o transporte aéreo, somado à um ônibus de fretamento e depois um hotel, na cidade desejada, que muitas vezes não possui um aeroporto próprio e depende do transporte rodoviário.

“Em meio a todas essas mudanças, as agências vão ter que entender o que está acontecendo e talvez começar a fazer contratos e parcerias com as empresas de fretamento”, disse Almeida. “As empresas de fretamento as vezes chegam a valores de menos da metade do preço, mas essas ofertas não chegam nas grandes empresas, muitas vezes porque elas já tem contratos com os aéreos, por isso é um trabalho de ‘formiguinha'”, completou.

Venda online

Com o advento da internet, tudo ficou mais fácil. No começo, a venda online de passagens de ônibus ainda não funcionava muito bem, porque, antes do bilhete virtual, o usuário ainda tinha que pegar longas filas para conseguir o acesso a sua passagem. Ao longo dos anos, surgiu o bilhete virtual, que poupa longas esperas nas filas de rodoviárias.

Além de diversos casos de fraudes nos cartões de crédito, que quase faliram muitas empresas, os brasileiros ainda não tinham o costume de comprar as passagens rodoviárias com antecedência, o que estrangeiros que visitavam o Brasil, já tinham.

“Apenas há dois ou três anos os brasileiros começaram a reservar suas passagens com antecedência, o que além de poupar tempo nas filas, garante o lugar no ônibus, ponto importante para pessoas que viajam em feriados prolongados e temporadas de férias”, disse Almeida. “O online também aumenta a variação de preços, o que aumenta o interesse do consumidor em procurar a passagem mais barata”.

Com a potencial chegada de empresas internacionais do setor no Brasil, o turismo rodoviário no País ficará ainda mais competitivo. “As novas medidas vão mudar o setor completamente. As empresas que não estiverem 100% online não vão sobreviver. São tendências que mudam mercados mais rápido do que imaginamos”, completou José.

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