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Redação ME

American Airlines faz passageiros dormirem no chão de aeroporto

IMG 0224 American Airlines faz passageiros dormirem no chão de aeroporto

Primeiro vamos direto ao absurdo. American Airlines fez passageiros incluindo mulheres grávidas, crianças e idosos dormirem no chão do aeroporto internacional de Miami na madrugada de sábado (31/03) para domingo (01/04).

Deve está perguntando, como isso aconteceu. Simples assim. Existia um voo AA que saia de Orlando às 20h40 da noite e chegava em Miami para fazer conexões para o Brasil. A minha conexão saia as 23h20 rumo ao Rio de Janeiro. Acontece qua a aeronave só decolou de Orlando 1h15 da manhã, segundo a companhia aérea devido ao mal tempo em Miami o voo não podia ser realizado. Engraçado é que o voo da American que saia de Miami para o Rio de Janeiro não encontrou mau tempo e voou antes que chegassemos. Além disso, era estranho notar que todos os voos da American Airlines no aeroporto de Orlando estavam atrasados e incluia destinos como Chicago e Dallas que nada tinham a ver com o aeroporto de Miami.

Neste meio tempo em Orlando, falta de informações e filas quilomêtricas para tentar falar com alguém da companhia aérea. Finalmente chegou minha vez e ela informou, assim como para todos os outros passageiros que perderíamos a conexão em Miami, mas que deveriamos embarcar para lá que o pessoal de terra já iria nos receber com os vouchers de hotel e toda outra assistencia necessária. Mas infelizmente eu teria que chegar no aeroporto de Miami às 3h da manhã de domingo e meu voo sairia somente as 23h20 deste dia e chegaria no Rio às 9h05 da manhã de segunda feira. Resumindo três dias de viagem, saindo de Orlando no sábado e chegando no Rio na segunda feira.

Questionei e disse ser impossível e com muito esforçco, ainda no aeroporto de Orlando, consegui uma passagem Miami-Manaus, Manaus-Rio, pela Tam. Cheguei no domingo às 21h40 da noite, passei por quatro aeroportos.

Mas eu fui sortuda, acredite se quiser. Sou adulta, estava sozinha e já tinha a passagem para Manaus ao chegar em Miami. Os pais que acreditaram na informação da companhia, chegaram a Miami sem nada e assim continuaram. O que foi oferecido se limitou a duas mantas para forrar o chão do aeroporto e cobrir as crianças; dois vouchers, um para o jantar no valor de U$$12 e para o café da manhã no valor de U$$7. A companhia só se esqueceu que as 3h não tinha nenhuma loja aberta no aeroporto e quando pedimos água, isso mesmo, água, deram de ombros e nada podiam fazer.
IMG 0225 American Airlines faz passageiros dormirem no chão de aeroporto
De cerca de quinze cariocas somente eu, um outro homem adulto e mais um pai com dois filhos conseguiram mudar as passagens para Manaus. O resto foi informado que não tinhamais vagas. No meu avião havia poltronas.

Queriam que assinassemos um rembolso de U$$250. Não, não era dinheiro. Era para ser usado no período de um ano em passagem da companhia aérea. Recusei assinar. Um passageiro com a mulher grávida 7 meses se exaltou e exigia um hotel. A polícia americana foi chamada. Estava a favor da companhia aérea, mandou todos sentarem ou deitarem no chão e falaram para o homem: “ O que é mais importante para você?” e ele respondeu “ Minha família” e o policial finalizou “Então vai deitar com eles!!”.

Não dormi, não deitei no chão. As 7h40 meu avião Tam decolou de Miami e foi uma sensação gostosa escutar o português e ninguem poder falar que nao estava lhe entendendo. Cheguei em Manaus 12h30. Sem malas para fazer a alfandega, 16h30 decolei para o Rio de Janeiro. As 21h40 cheguei e definitivamente sem malas.

Me direcionei ao guichê da Tam e me surprendi quando recebi o primeiro bom serviço aéreo daquela jornada. O atendente Willians me informou que apesar de meu voo original ser American, minha última transportadora foi Tam e por isso eles assumiam total responsabilidade pelas minhas bagagens.

Preenchi um papéis, ele verificou no sitema que o problema era que a American não tinha transferido minhas malas para a Tam. Na segunda feira (02/04) às 15h30 recebi uma ligação da Tam informando que eu buscasse minhas bagagens.

Manti contato com outros passageiros. A Aline, mora em Belém. Tem duas filhas pequenas. E ainda hoje (03/04) a mala do marido, das duas crianças e a dela mesma não chegaram.

Qual punição deve ser aplicada a esta companhia? Uma que realmente faça com que episódios como este não se repitam? Existe um meio da American retratar os passageiros?

Anabel Moutinho

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