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Feiras e Eventos

Fecomercio-SP debate o legado da Copa para o Brasil

Na ocasião do debate da Fecomercio-SP, foi abordado o legado da Copa 2014 para o Brasil. Até o momento, as perspectivas não são muito boas para a população, segundo Kelly Carvalho, assistente técnica do Conselho de Turismo e Negócios da entidade. A mobilidade prevista na maioria das cidades sedes não foi cumprida. “Em São Paulo, o terceiro aeroporto não foi feito, a ampliação da malha rodoviária e a expansão do metro estão em ritmo lento. Mesmo com os avanços, o que veremos será construção e reformas de estádios como legado”, disse. Os estádios também são uma preocupação, pois a manutenção é cara e nem todas as cidades tem condições de atrair grandes eventos. “A Copa é uma oportunidade de regiões pouco conhecidas do país atraírem turistas, mas a preocupação com a imagem e a segurança deve ser levada em conta”, comentou.

Para ela, os riscos são muitos como mobilidade, segurança e serviços. “É um risco o governo investir para realizar uma Copa e não investir em outros setores como saúde e educação. O retorno da imagem do evento pode ser positivo ou negativo. E o impacto da Copa no país será pelos próximos dez anos, seja bom ou ruim”, lembrou. Para Marcelo Calado, deve-se avaliar o que custo essa Copa será realizada.

Segundo Mariana Aldrigui, professora e pesquisadora da USP e membro do Conselho de Turismo e Negócios da Fecomercio-SP, são três razões para um país investir em sediar uma Copa: catalisar projetos urbanos, desenvolver setores da economia, e presença na mídia. “O que o Brasil precisa entender é que os investimentos não podem ser voltados para o turista e sim para a população. O melhor destino de um turista é aquele em que ele morar, onde ele se sente confortável e seguro. De que adianta ter infraestrutura para os turistas e deixar os moradores sem nada?”, indagou.

Ela ainda dividiu as responsabilidades de cada setor na realização de um grande evento: setor público foca na qualidade dos serviços oferecidos à população, provendo infraestrutura e segurança; iniciativa privada se preocupa em criar experiências para os turistas, além de gerar novos negócios e segmentar serviços; enquanto o terceiro setor qualifica mão de obra, cria projetos de inclusão e estimular o empreendedorismo. “Atender o turista adequadamente é uma questão de ponto de vista e de envolvimento. Olhar o turista é muito limitado, temos que focar na população”, finalizou.

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