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Passageiros gastam mais a cada ano com as taxas extras aplicadas pelas companhias aéreas norte-americanas
Uma máquina de dinheiro. É assim que podemos considerar a atual indústria de aviação comercial norte-americana e suas dezenas de taxas adicionais. Para se ter uma noção do peso que estes custos extras representam aos passageiros, até o fim de agosto mais de US$ 2 bilhões já tinham sido arrecadados apenas pela cobrança de taxas sobre bagagens despachadas, cerca de US$ 1,1 bilhão no segundo trimestre deste ano, de acordo com estatísticas reveladas pelo Departamento de Transporte dos EUA.
No geral, o número é ainda mais impressionante: cerca de US$ 4,6 bilhões arrecadados em taxas extras, incluindo ainda as cobranças pelas reservas. O resultado ficou US$ 1,5 bilhão acima do que o registrado no primeiro trimestre de 2016, quando US$ 3,1 bilhões foram arrecadados, mas abaixo dos US$ 5,5 bilhões registrados no mesmo período do ano passado.
Para se ter uma noção desta mina de ouro, só as taxas de troca de reserva levaram as companhias a somarem um montante de US$ 755 milhões. Quem deve continuar líder na cobrança é a United Airlines, que sozinha arrecadou mais de US$ 6 bilhões em taxas em 2015. O número é US$ 1,5 bilhão maior do que o registrado pela American Airlines e US$ 2,5 bilhões a mais do que o constatado pela Delta Air Lines.
Ao todo, desde 2008, o Departamento de Transporte dos EUA calcula mais de US$ 26,8 bilhões em taxas arrecados somente por bagagens despachadas, enquanto outros US$ 21,5 bilhões foram pagos pelos passageiros apenas para trocar ou cancelar suas resevas de voos.
E este número pode aumentar gradativamente a partir deste ano, caso a Associação de Aeroportos Executivos (AAAE, em inglês), consiga aumentar a Taxa Aeroportuária por Passageiro. O limite atual é até US$ 4,50, mas o órgão que colocar o topo da cobrança em até US$ 8,50. A justificativa é o financiamento de novos terminais e pista de pousos e decolagens.
