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Aviação

Balanço preliminar da Lufthansa aponta prejuízo bilionário no 1º trimestre

Lufthansa-Group

Companhia registrou queda de 18% nas receitas e prejuízo bilionário.

O Grupo Lufthansa divulgou na última quinta-feira (23) um balanço preliminar de seus resultados financeiros no primeiro trimestre de 2020, que já mostram o impacto direto da pandemia de coronavírus (Covid-19). O resultado antes de impostos e juros (EBIT) apontou para um prejuízo de 1,2 bilhão de euros, mais de três vezes maior que no mesmo período de 2019 (-336 milhões de euros).

Nos três primeiros meses do ano, a companhia registrou um faturamento de 6,4 bilhões de euros, o que representa uma queda de 18% em relação aos 7,8 bilhões de euros registrados no primeiro trimestre do ano passado. Somente em março, as receitas caíram quase 1,4 bilhão de euros, ou 47%, montante que não poderia ser compensado integralmente com a redução dos custos, como destaca a companhia.

“O Grupo espera que as perdas por ativos relacionados à crise e o desenvolvimento negativo do valor dos hedges de combustível tenham um impacto negativo ainda mais significativo no lucro do Grupo no trimestre. Os detalhes serão publicados na demonstração financeira trimestral, que foi adiada para a segunda quinzena de maio (originalmente programada para ser publicada em 30 de abril)”, destacou o grupo Lufthansa em nota.

A Lufthansa ainda revelou que espera uma perda operacional consideravelmente maior no segundo trimestre em comparação com o primeiro trimestre, considerando um cenário de volta de operações, mas com baixa ocupação. Atualmente o grupo conta com 4,4 bilhões de euros disponíveis em caixa. Medidas de financiamento totalizando cerca de 900 milhões de euros desde meados de março ajudaram a fortalecer a liquidez.

“No entanto, em vista da perspectiva dos negócios, dos passivos multibilionários existentes relacionados a contas a pagar e a reembolsos de bilhetes cancelados, bem como dos pagamentos futuros de passivos financeiros, o Grupo espera um declínio significativo da liquidez nas próximas semanas. O Grupo não espera poder cobrir os requisitos de capital resultantes com outros empréstimos no mercado. O Grupo está, portanto, em intensas negociações com os governos de seus países de origem em relação a vários instrumentos de financiamento para garantir de forma sustentável a solvência em um futuro próximo. O Conselho de Administração está confiante de que as negociações levarão a uma conclusão bem-sucedida”.

Um das gigantes da aviação global, o Grupo Lufthansa sofreu severamente os impactos provocados pela pandemia. O CEO da holding, Carsten Spohr, chegou a afirmar em vídeo para funcionários que as perdas chegavam a 1 milhão de euros por hora. O cenário fez com que a companhia antecipasse medidas de reestruturação, prevendo que a demanda não se recupere rapidamente no pós-crise. Além de deixar de operar diversos modelos, como o superjumbo A380, o conselho executivo do Grupo Lufthansa também anunciou o fechamento da Germanwings, sua empresa de baixo custo.

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