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Aviação / Fotos

Tam aponta superoferta no mercado

Cássio Oliveira, da Air TKT, Francisco Leme, presidente da Abav, Igor Miranda, diretor da LanTam, e Edmar Bull, presidente da Abracorp

Cássio Oliveira, da Air TKT, Francisco Leme, presidente da Abav, Igor Miranda, diretor da LanTam, e Edmar Bull, presidente da Abracorp


A Associação Brasileira de Agências de Viagens de São Paulo (Abav-SP) promoveu nesta terça-feira (23) o 57º Fórum Executivo, que contou com a presença de seus associados e de Igor Miranda, diretor de vendas indiretas da Tam que palestrou sobre cenário macroeconômico, cenário industrial, investimentos e resultados do Grupo Latam.

No setor de aviação brasileiro, o executivo apresentou a situação. De acordo com os dados da LCA, empresa que realiza projeção de demanda para a Tam, em 2014 o mercado ficou super ofertado. “A demanda cresceu menos que a oferta, o que gerou um  mercado super ofertado e as companhias aéreas desesperadas para colocar passageiros no avião”, explicou.

Segundo o executivo, a primeira demanda que caiu foi a corporativa. De acordo com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), de janeiro a maio deste ano, a receita corporativa caiu 25%, sendo 16% em passageiros e 11% em tarifa média.  “Após a Copa, a demanda corporativa caiu, o mercado quis estimular e a tarifa média caiu, o que não dá para entender, pois quando a demanda cai a tarifa aumenta para compensar”, enfatizou.

Segundo a projeção da LCA, há dois indicadores importantes que afetam a demanda corporativa: o PIB e o índice de confiança da indústria. As correlações dos indicadores são as seguintes: a cada 1% de aumento na confiança do empresariado há um aumento 0,94% na demanda. A cada 1% do aumento do PIB a demanda cresce 1,82%. “Preço não é o fato determinante no corporativo”, frisou Miranda.

No entanto, o diretor de vendas da Tam explicou que no lazer o preço é determinante. A projeção de demanda de lazer da LCA destaca itens como variação de renda per capita e índice de confiança do consumidor. Miranda destacou que o crescimento de 1% na renda aumenta 0,93% na demanda e 1% de crescimento na confiança do consumidor aumenta 0,20% da demanda.

Com a queda na demanda no Brasil, a Latam começou a realizar a denominada “diversificação do tubo” que recolhe passageiros de outros países como Chile e Argentina, e não interfere na tarifa. “Isso promove um risco menor para a Tam”, enfatizou.

Futuro – Para se adequar ao mercado, a Latam irá reduzir custos na ordem de U$ 800 milhões até 2018. No entanto, o diretor de vendas explicou que o grupo não irá deixar de fazer investimentos estratégicos. No Brasil, serão investidos R$13 bilhões até 2017, o que representa 50% de todo o investimento do grupo. O montante será investido em plano de multi-hub, que deverá consolidar Brasília e criar um no Nordeste. “É um visão de médio a longo prazo. Neste cenário pode se fazer duas coisas chorar ou investir para sair mais forte da crise financeira. É preciso ter caixa e a Latam tem lastro”, finalizou. ​

Nathalia Marques

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