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Cruzeiros

Sequência da temporada de cruzeiros vai depender de novos protocolos

Marco Ferraz, presidente da Clia Brasil (Eric Ribeiro M&E)

Marco Ferraz, presidente da Clia Brasil (Eric Ribeiro/M&E)

A continuidade da temporada de cruzeiros no Brasil, suspensa até o próximo dia 21 de janeiro por iniciativa das próprias armadoras MSC Cruzeiros e Costa Cruzeiros, dependerá da revisão dos protocolos sanitários. A informação é do presidente da Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Clia Brasil), Marco Ferraz, que falou com exclusividade com o M&E. “Vamos rever os protocolos e se todos estiverem de acordo seguiremos, senão as empresas retornarão no final do ano para a temporada 2022/2023”, disse.

Segundo Ferraz, entre os 829 casos divulgados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não houve nenhuma hospitalização de passageiros ou tripulantes. “Sabemos que essa nova variante Ômicron é altamente transmissível, mas apresenta menor ocorrência de casos graves. Todos os contaminados eram assintomáticos ou com sintomas leves. Nenhum dos cinco navios da temporada perdeu o controle. Os rígidos protocolos foram mantidos, tal como acontece com a indústria de cruzeiros no mundo inteiro. Importante deixar claro que as empresas trabalham com o foco na saúde das pessoas em primeiro lugar”, ressaltou Ferraz, lembrando que no período foram embarcados mais de 130 mil passageiros, o que representa menos de 1% dos contaminados.

“Vamos rever os protocolos e se todos estiverem de acordo seguiremos, senão as empresas retornarão no final do ano para a temporada 2022/2023”

O presidente da Clia revelou também que um problema que está dificultando o seguimento normal da temporada são as ações desenvolvidas pelas autoridades sanitárias dos municípios e estados dos portos de paradas dos navios. De acordo com Marco Ferraz, em cada uma das escalas eram realizadas investigações para a liberação do certificado de “Livre Prática” da Anvisa. “O procedimento acaba sendo muito demorado e atrasa toda a operação do cruzeiro. Por isso, estamos realizando reuniões com as partes envolvidas para rever os protocolos. As armadoras querem continuar se for possível”, explicou.

Perguntado se o problema atual pode afetar a temporada de 2022/2023, Marco Ferraz garantiu que tudo está confirmado e não acredita que algo possa mudar. “Temos oito navios confirmados e os planos deverão ser mantidos. Volto a dizer, a saúde das pessoas está em primeiro lugar”, disse.

Crescimento rápido de casos

A temporada de cruzeiros no Brasil teve início no dia 1º de novembro, e nos primeiros 55 dias não foram registrados casos de Covid-19 a bordo. Depois vieram os primeiros 31 casos e em apenas nove dias passaram para 798. Dos 829 casos, 60% foram entre os tripulantes dos navios. Tamanha rapidez nas infecções levaram a Anvisa a sugerir ao Ministério da Saúde a suspensão provisória e imediata da temporada.

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