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Turismo de luxo no Brasil faturou R$ 666 milhões em 2017

Martin Frankenberg e Simone Scorsato, da BLTA

Martin Frankenberg e Simone Scorsato, da BLTA

A Brazil Luxury Travel Association promoveu na tarde desta quinta (30) a apresentação de seu anuário do setor. Segundo dados do estudo, 2017 registrou uma retração do mercado internacional enquanto observou um aumento do nacional. Segundo Simone Scorsato, diretora executiva da BLTA, os números refletem o cenário político e econômico do Brasil. Outros fatores que contribuíram para o recuo dos visitantes internacionais foram o zika vírus e a segurança. Ainda assim, os associados faturaram em 2017 um total de R$ 666 milhões.

“Apesar da redução no volume de estrangeiros, o que vemos de representativo no estudo é o número de funcionários que os empreendimentos de luxo mantém. Temos uma média de 2,7 funcionários para cada UH, enquanto na hotelaria tradicional esse número é menor que 1, ou seja, é um setor onde a demanda por serviços de qualidade é essencial. Outro importante fator é a que diária média e o RevPar são muito mais altos”, comentou.

O perfil de visitantes dos empreendimentos de luxo da BLTA são majoritariamente brasileiros (65%), seguido pelos europeus (17%), americanos (12%), e latinos (5%). Mas esse cenário deve mudar já em 2018. Com a alta do dólar e a facilidade da emissão do e-visa, a tendência é que cada vez mais americanos venham ao país em busca do turismo de lazer e de luxo.

Para Martin Frankenberg, presidente da BLTA, esta é uma oportunidade que será interessante para o segmento. “O dólar alto faz com que o Brasil seja mais atrativo para os EUA, e para ajudar, o e-visa desburocratizou um processo que pode potencializar a vinda de norte-americanos que antes não escolhiam o país para suas férias ou para viagens de última hora”, enfatizou.

Além disso, a BLTA pretende realizar para 2019 roadshows pelos EUA com o intuito de apresentar o turismo de luxo brasileiro aos americanos, com objetivo de trabalhar a imagem do Brasil como destino de luxo no mundo.

Segundo o presidente, o mercado de luxo no Brasil ainda é muito recente e há falta de empreendimentos e operadores/receptivos especializados. “Temos ainda uma promoção de órgãos governamentais precária e sem inovação. O mercado de luxo mudou, e ainda assim, não é visto como um setor estratégico para atração de turistas. Mas este é o setor de maior rentabilidade no turismo, além de ser altamente sustentável pela exigência cultural e legado por parte dos visitantes”, explicou.

INDICADORES DE DESEMPENHO

Segundo dados do estudo, os 35 membros da BLTA somaram R$ 666 milhões em faturamento em 2017, contam com 1415 UHs, com diária média de R$ 1.514 e RevPar de R$ 676, e a taxa de ocupação média dos empreendimentos é de 45%.

A motivação das viagens de luxo no Brasil estão mais focadas no lazer (76%), seguido por negócios e eventos corporativos (11%), eventos sociais (7%) e festas e eventos (6%). O tempo de permanência médio são 3 diárias (63%), sendo em sua maioria casais (56%), que fazem sua reserva diretamente no balcão (40%).

Entre as atividades solicitadas na estadia está a comida (91%) em primeiro lugar, seguido por SPA (69%), relax (53%) e passeios náuticos (34%). Já entre os serviços mais solicitados estão banda larga (72%), traslado e pacotes de experiências (72%) e cardápio especial (50%).

PRÊMIO DE SUSTENTABILIDADE BLTA

Dados da pesquisa mostram que 56% dos associados já possuem algum tipo de projeto junto a comunidade local, 35% deles com foco na conservação e meio ambiente, 30% na comunidade e 20% na educação. Para estimular ainda mais esse engajamento, a associação anunciou o Prêmio Sustentabilidade BLTA, que premiará os melhores projetos inscritos até o dia 15 de outubro. O prêmio será entregue no final de novembro, durante a Assembleia Geral da BLTA.

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