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Redação ME

¡A La Madrid!

Repórter do Mercado & Eventos/Folha do Turismo, tive neste mês a primeira experiência jornalística internacional na Feria Internacional de Turismo da Espanha (Fitur), realizada entre os dias 18 e 22, em Madri. Amante do futebol, principalmente de craques, não podia deixar a oportunidade para conhecer o majestoso Santiago Bernabeu, estádio do Real Madri.

No domingo, dia 22, peguei com o meu chefe o ônibus turístico para começar a explorar a frenética capital espanhola. Durante o city tour, descobri uma máquina de fazer dinheiro. Mesmo sem jogos, o estádio faz parte do roteiro turístico da capital espanhola. Coisa que os clubes brasileiros estão longe de fazer.

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Só em 2011, o Real Madrid lucrou quase R$ 1 bilhão. Saldo que dá ao clube a chance de investir pesado no futebol, carro-chefe e paixão dos seus torcedores. Vale a pena uma viagem pela história do clube, eleito pela Fifa, o maior do século passado.

Um passeio pelo Santiago Bernabeu custa entre R$ 35 e R$ 50 por pessoa, entrada que pode-se comprar no próprio ônibus de turismo. Com o ingresso na mão, subimos pelas escada metálica panorâmica, e a primeira foto que fiz é a da vista geral do estádio, que exibe um gramado perfeito para ninguém botar defeito.

De lá, seguimos para a sala dos troféus. Ela cumpre com a sua função, ao contar a história dos momentos de glória do clube, sem deixar de lado os modernos recursos tecnológicos. O Real Madrid exibe as nove taças da Liga dos Campeões é a parte mais nobre do estádio.

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Nas grandes telas instaladas no local, o visitante assiste aos jogos mais importantes e tem um reencontro com Zidane, Roberto Carlos, Ronaldo Fenômeno e o idolatrado, Alfredo Di Stéfano.

Ah, se quiser, ainda pode comprar, também por 15 euros, uma fotomontagem em que aparece ao lado de seu ídolo no místico Bernabéu. No mês passado, os recém-contratados Cristiano Ronaldo e Kaká estavam em alta, figurando como os jogadores mais procurados entre a criançada.

Mas a visita não acaba por aqui. Já deslumbrado com a organização e a estrutura do estádio, realizei um sonho ao passar pelo túnel que dá acesso ao gramado, sentar-se nos confortáveis bancos de reserva. Só não visitamos os vestiários. O motivo era nobre, o Madri ia jogar de noite.

O tour termina, estrategicamente, na loja oficial do Real Madri, localizada ao lado do estádio. A camisa da nova temporada custa em torno de 80 euros, mas o estabelecimento cheio mostra que os torcedores não se importam muito com o preço nem com a crise.

Acima eu disse que ia ter jogo no mesmo dia, de noite. Claro que não ia perder a chance de assistir ao vivo o Madri. Logo na entrada, comprei o ingresso por 60 euros na penúltima fileira da arquibancada atrás do banco de reservas. Era longe do campo, mas a visão é ótima e tinha calefação para amenizar o clima de 3º C da noite madrilenha.

Eu estava lá, entrei no estádio e o vi se enchendo aos poucos, até que 75.500 pessoas lotaram o Bernabéu para ver um espetáculo, não apenas um jogo de futebol. A parte boa é que, apesar de estar muito feliz, ansioso, “nervoso” e não acreditando que estava lá, consegui me controlar e não ter um AVC ou uma parada cardíaca durante o jogo entre Real Madrid e Atlético de Bilbao. Nem preciso dizer que foi sensacional, uma experiência fantástica e única.

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O jogo começou um pouco nervoso, com o Bilbao chegando com perigo e assustando a multidão que lá estava para apoiar. Mas essa pressão durou pouco tempo. Logo saiu o primeiro. Gol do Bilbao. A torcida parecia pasma com aquele resultado. Logo na semana que perderam o clássico com o Barça em casa.

Não demorou a sair o gol de empate, de Cristiano Ronaldo de penalti (duvidoso). E parece que o Kaká finalmente desencantou no Real Madrid, chamou a responsabilidade da criação das jogadas e fez passes. Outros que chamaram a atenção foram Marcelo e o alemão Ozil.

Pra mim, o resultado pouco importava, mas terminou 4 a 1 Real. A galera aplaudindo quase o tempo todo, cantando, gritando, foi sensacional. Estádio de futebol é sempre assim, uma energia contagiante. Só dá vontade de ir cada vez mais.

Rafael Massadar

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