Com mais de 400 horas de voo de teste já cumpridas, a Boeing está convicta em antecipar a entrega do primeiro Boeing 737 MAX para o primeiro semestre de 2017. Com isso, a fabricante norte-americana segue o que o CFO Greg Smith apontou no último dia 04 de fevereiro, quando confirmou a possibilidade deste adiantamento. O B737 MAX 8, até então, está previsto para ser entregue somente no terceiro trimestre de 2017 a Southwest Airlines, no entanto a volúpia da Boeing em adiantar o processo deve ser mesmo decisiva.
Boeing cogita um novo membro para a família 737 MAX; descubra
De acordo com o CEO da Boeing Commercial Airplanes, Ray Conner, com mais de 400 horas de voo cumpridas, já deu para perceber que o novo motor CFM e as melhorias na aerodinâmica da aeronave foram responsáveis por proporcionar uma eficiência energética superior aos antigos membros da família, um aumento considerável de 14%. Até o momento, a Boeing tem cerca de 3.100 ordens de encomenda para a aeronave, que já pode ser posta em xeque no ano que vem.
Isto porque, a fabricante norte-americana, após admitir que existe de fato uma lacuna entre as famílias 737 e 787, parece caminhar para uma solução simples: a criação de uma nova família de aeronaves. O próprio CEO Ray Conner terá um ano para estudar e optar, junto aos diretores e membros do conselho administrativo, entre duas opções de desenvolvimento.
A primeira solução para resolver este gap seria criar uma derivação da família já existente: a 737, projeto bem menos ambicioso e que traria ao mercado uma variante maior, mais potente, eficiente e moderna do que os já fabricados 737 MAX. A segunda opção é bem mais cara: criação de uma família inteira de aeronaves categoria “midsize” (média), o que estaria acima da família 737 MAX e abaixo da família 787 Dreamliner. Desenvolvedores, fabricantes e fornecedores já debatem sobre uma possível definição dos detalhes e peças que seriam utilizadas na mais nova aeronave.
Especialistas acreditam que a Boeing precisa se mexer rapidamente e achar uma solução para este gap em um mercado em que a Airbus têm cerca de 60% do share. “A Boeing precisa fazer alguma coisa porque o 737 não compete contra ele (A320neo). Então a questão é essa, a Boeing precisa criar uma aeronave para, além de resolver o gap entre o 737 e o 787, entrar no mercado entre as famílias A321 e A330, onde não há participação alguma da fabricante norte-americana no momento”.