Salvador em 2 horas

Eu já tinha “passado” em Salvador pelo menos três vezes. Mas em nenhuma delas havia conhecido os pontos turísticos da cidade . Lembro que em uma ocasião, a caminho de Itaparica, entre o aeroporto e a marina vi algumas coisas pelo vidro do carro, mas para uma cidade como esta não é suficiente. Sentir o clima, cheiro, interagir com as pessoas – para mim – é fundamental em uma viagem, ainda mais para a capital da Bahia.

A convite da CTI Nordeste e da Bahiatursa, fui novamente à cidade para a cobertura de três eventos simultâneos que aconteceram na última semana: BNTM, Salão Baiano de Turismo e a Feira da Abav Bahia. Muito trabalho? Sim. Mas pude chegar um dia antes e tive algumas horas para literalmente correr pelos principais pontos turísticos do destino.

Vista da Baía da Todos os Santos

Tive como guia o colega Rafael Massadar, repórter do M&E no Rio de Janeiro. Ele já conhecia um pouco de Salvador e resolvemos ir até o centro da cidade visitar alguns atrativos. Estávamos hospedados em Pituaçu, um pouco distante da região central – mais precisamente R$ 50 de taxi. Contamos com a companhia de dois outros colegas, a piauiense Gisele, do Jornal Meio Norte, e o paulistano radicado em Maceió, Márcio, da revista Oush Brasil.

O nosso guia Rafael Massadar, perdido com o mapa

O passeio começou pelo Mercado Central. Artesanato, comidas típicas e uma verdadeira profusão de cheiros e sabores. Apenas passamos por dentro do mercado, porque a ideia era fazer tudo o mais rápido possível, já que tínhamos que ir à cerimônia de abertura do evento, que estava marcada para as 18 horas. Subimos o Elevador Lacerda, não havia fila e o percurso é bem rápido.

Elevador Lacerda

A vista na parte alta da cidade é sensacional. De lá temos uma visão panorâmica e praticamente indescritível da baía de Todos os Santos. Não se trata apenas da paisagem. A energia e o clima daquele lugar é uma coisa que não é possível explicar, tem que estar lá para sentir.

Igreja de São Francisco

O nosso tempo estava se esgotando. Partimos em direção a Igreja de São Francisco, um dos atrativos que eu queria muito conhecer. Ela possui linhas barrocas e tem como grande característica alguns detalhes originais folheados a ouro. Eu, particularmente, adoro visitar igrejas. Elas sempre têm boas histórias e obras de arte que valem muito a pena.

Altar da Igreja de São Francisco

No caso da Igreja de São Francisco, a entrada custa R$ 5 e a visita começa com uma pequena explicação da história do lugar. Os detalhes de ouro no altar realmente impressionam. Móveis e objetos dos séculos XVII e XVIII fazem parte da decoração. Confesso que fiquei um pouco decepcionado com a conservação. Tem muita história ali e este patrimônio não pode ser abandonado.

Móveis dos séculos XVII e XVII na Igreja de São Francisco

Azulejos originais na Igreja de São Francisco

Eu, Gisele e Marcio tirando foto no espelho do século XVIII pra postar no Facebook

Como não tínhamos tempo a perder, seguimos em direção ao pelourinho. Não antes do Márcio comer um típico acarajé e de todos jogarem um pouco de capoeira para tirarem fotos. Diversas baianas com roupas típicas também nos ofereceram fotos a R$ 2. Mas a pressa era maior e fomos logo até o pelourinho.

Baiana vendendo acarajé

Finalmente conheci o Pelourinho

Caminhamos pelas ruas de pedra do pelourinho e toda a sua riqueza cultural. Artesanato, barracas de acarajé e a espontaneidade do povo baiano encantam. Mas assim como a vista da baía de Todos os Santos, o que mais me deixa apaixonados por esta terra não são as belas paisagens, mas sim a energia que emana de todos os cantos e de todas as pessoas que vivem nela. Mais do que um destino turístico, a Bahia é realmente um estado de espírito!

Deu tempo de dar uma parada no Farol da Barra

(Anderson Masetto)