Quando me disseram que eu faria uma presstrip em Seychelles, quase caí da cadeira. Esse é o tipo de lugar que sempre ouvimos falar mas nunca nos imaginamos nele. Não por ser algo impossível, mas apenas meio fora de nossa realidade. Afinal, se o príncipe William e sua esposa Lady Kate – para os íntimos apenas – passaram lua de mel no destino, deve ser mesmo maravilhoso. Então, aqui estou eu. Sentada nessa paradisíaca ilha escrevendo essa matéria. Vamos começar fazendo uma breve aula de história e contextualização. Seychelles é um arquipélago de 115 ilhas de granito e coral, localizada no Oceâno Índico, sendo Mahe, Praslin e La Digue as mais conhecidas. Apesar de serem consideradas as ilhas mais antigas do mundo, Seychelles só foi descoberta por volta de 1700 de alguma coisa. Foi colonizada por franceses e ingleses; e o idioma local creole é uma mistura entre a língua dos escravos africanos que para cá vieram e do inglês.
Hoje, a região possui dois atrativos considerados Patrimônio Mundial pela Unesco: Atol de Aldabra e o Valle de Mai. Infelizmente não pude visitar o atol, mas o Valle de Mai eu visitei sim. A lenda local diz que esse pode ter sido o sítio original do bíblico jardim do Éden. Isso eu não posso afirmar, mas posso dizer que é no mínimo interessante uma visita na ilha de Praslin para ver o curioso coco de mer. Já explico porque curioso. Não sei se eu posso escrever essa palavra aqui no blog, mas não tem como explicar com outras. É sério! Tentei achar uma e não consegui. O coco de mer tem o formato de uma bunda. Pronto falei! O coco feminino tem esse formato, enquanto o masculino é comprido. Eles demoram anos para nascer e estão em extinção. Bom, vejam a foto a seguir e cada um pense o que quiser. Também em Praslin fomos numa praia chamada Anse Lazio, que dizem ser uma das dez mais bonitas do mundo.
Para se chegar até Praslin é preciso pegar um barco para um percurso de uma hora mais ou menos. Eu não sou a pessoa mais indicada para falar, pois passo mal sempre em barcos, navios e afins; mas esse barco balança muito mesmo. Eu tomei um remedinho e desmaiei a viagem toda, mas teve gente que não tomou nada e passou muito mal. Então fica a dica.
Além de Praslin, estive também em Mahé e por lá tive a oportunidade de fazer um passeio de barco para conhecer outras ilhas. O passeio que eu fiz foi num barco hotel, que faz cruzeiros de sete dias ao redor das ilhas Seychelles. Na ocasião, fizemos um percurso pequeno até a ilha de Moyenne. O dono do barco contou que a ilha foi propriedade particular de um jornalista inglês, ainda na época da colônia. Não sei como ele conseguiu comprar uma ilha com salário de jornalista…… Antes de morrer, o antigo dono deixou a ilha para o governo de Seychelles que a transformou em uma espécie de santuário onde não se pode construir nem habitar. No local, há apenas uma pequena praia e um parque natural onde muitos animais vivem, inclusive a tartaruga gigante.
Como em todas as famtrips, sempre ficamos em mais de um hotel. Afinal, essa é uma oportunidade dos agentes e operadores conhecerem o produto que venderão. Essa parte é sempre mais chata, trocar de hotel, fazer inspeção, mas dessa vez ninguém reclamou. Um dos hotéis que nos hospedamos foi o Four Seasons. Puro luxo! Eu fiquei tão mimada que a impressão que eu tinha era que se eu pensasse em algo, se realizaria. Os outros hotéis que estivémos foi o Constance Ephilia Resort e o Sainte Anne Resort, que são ideais para família; e ainda o Coral Strand Smart Choice Hotel, que tem um público mais jovem e a praia mais agitada.
Não posso deixar de citar a participação dos operadores. Esse grupo foi muito animado e divertido. Em poucos dias o que citei acima foi o que mais marcou na viagem. Mas Seychelles tem muito mais a oferecer. Uma semana de férias nesse lugar revigora qualquer um.
Lisia Minelli