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Aviação

Emirates estuda iniciar novas operações internacionais na Europa

Tim Clark

Tim Clark


A Emirates Airline avalia a oportunidade de aumentar seus voos diretos a partir da Europa para cidades fora do seu hub em Dubai, mas o CEO da companhia, Tim Clark, diz estar preocupado em prejudicar a concorrência já estabelecida entre as companhias aéreas da Europa.

Ao mesmo tempo, a Emirates considera encomendar um grande pacote de aeronaves Airbus A350 e Boeing 787 para substituir os atuais Boeing 777s widebody, programados para sairem de cena até 2017. No entanto, o CEO se negou a dizer quando a companhia fará a tão esperada encomenda.

Clark disse ainda que governantes, aeroportos e organizações na Europa estão frustados com as aéreas locais por terem questionado a Emirates a iniciar e oferecer serviços internacionais a partir de seus hubs e aeroportos. No entanto, o executivo disse que não tem planos para realizar e investir neste pedido.

“A oportunidade está aí se quisermos aceitar, porém, se nós resolvêssemos colocar um A380 em operação em diversos pontos da Europa, por exemplo, iríamos limpar os negócios e demanda como um aspirador de pó! E eu não quero fazer isto”, disse o CEO.

Os olhos investidores no continente europeu vêm a tona ao mesmo tempo em que Emirates, Etihad e Qatar Airways são acusadas pelas aéreas rivais norte-americanas (American, Delta e United) de receberem subsídios considerados desleais por parte do governo. A Emirates se tornou a primeira aérea do Golfo a operar rotas entre Milão e Nova York.

As companhias aéreas dos Estados Unidos, por sua vez, querem que o governo de Barack Obama congele o acordo de “Open Skies”, o que impediria o desenvolvimento das aéreas do Golfo no mercado norte-americano. Todas acusam as aéreas de receberem mais de US$ 40 bilhões em subsídios, o que é sempre negado pelas envolvidas.

No começo do mês, Clark classificou como uma “bobagem” o que as aéreas dos Estados Unidos alegam, afirmando que a Emirates pagou US$ 700 milhões em dividendos aos seus proprietários no governo de Dubai e funcionários. “Como uma aérea pode receber subsídios ilegais se a mesma paga seus acionistas e funcionários cerca de 1 bilhão de dólares?!”, questionou o CEO.

Aéreas do Golfo movimentam mais de US$ 4 bi nos EUA em 2014

Um estudo divulgado pela U.S Travel concluiu que o congelamento do acordo de Open Skies pode custar bilhões de dólares para a atividade econômica e receitas fiscais norte-americanas, além de comprometer centenas de postos de trabalho.

Para a US Travel, o acordo de Open Skies promoveu um ‘boom’ colossal na economia norte-americana como um todo já que, somente em 2014, as aéreas do Golfo levaram 1,1 milhão de passageiros internacionais aos Estados Unidos, que gastaram mais de US$ 4 bilhões durante suas visitas a cerca de 11 cidades as quais as empresas operam atualmente.

O gasto bilionário, de acordo com estudo, é capaz de cobrir cerca de 50 mil postos de trabalho nos Estados Unidos e gerar cerca de US$ 2,6 bilhões em renda proveniente do trabalho. Além disso, US$ 1,1 bilhão desses gastos vai para os cofres públicos, como tributos federais, estaduais e locais.  

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