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Aviação

Mesma autonomia, novas rotas e confiança do mercado: “A Gol continua sendo o que é”, diz a VP

● Gol começou o ano com o anúncio de novas rotas domésticas e internacionais
● Boeing segue o cronograma de entrega de novas aeronaves e não deve impactar operações
● Com resultados positivos e malha readequada, VP afirma que Gol tem tudo para voltar a crescer
● Carla afirma ainda que a vida da Gol continua acelerada para trazer novidades ao mercado

Carla Patricia Fonseca vice presidente da Gol Mesma autonomia, novas rotas e confiança do mercado: "A Gol continua sendo o que é", diz a VP

Carla Fonseca, vice-presidente da Gol e CEO da Smiles (Eric Ribeiro/M&E)

A Gol passa por um amplo processo de reestruturação financeira bem conhecido das companhias aéreas em todo o mundo. Em busca de proteção para se reorganizar e finalizar seu processo ainda mais fortalecida, a companhia buscou nos Estados Unidos o processo de Chapter 11, processo legal utilizado para levantar capital, reestruturar as finanças e fortalecer operações comerciais no longo prazo, enquanto continuam a operar normalmente, que já foi devidamente aprovado.

Embora assuste, a Gol segue fortalecida no mercado brasileiro e internacional. Segue anunciando voos nacionais e internacionais, segue esperando a chegada de novas aeronaves e registrando resultados operacionais saudáveis, tanto de decolagens, como de demanda, de oferta e de taxa de ocupação. O CEO Celso Ferrer já tinha adiantado: “Nada vai mudar na relação com os agentes de viagens” e não haverá redução de voos, frota e malha aérea durante o processo de Chapter 11.

“A Gol segue forte no mercado. Continuamos empenhados em oferecer a melhor experiência para nosso cliente, que segue como centro das decisões da companhia, e estamos conseguindo evoluir em diversos indicadores operacionais, como pontualidade e NPS. A tendência é que melhoremos ainda mais”

Recentemente, mais uma vitória: aprovação da justiça para receber US$ 1 bilhão em empréstimo proveniente de credores, o que proporciona um certo fôlego para a companhia seguir honrando seus compromissos com clientes, acionistas e credores. Isso faz com que a Gol volte ainda mais forte, como disse Carla Fonseca, vice-presidente da companhia, em apresentação durante a Convenção de Vendas CVC 2024, em Gramado.

“A vida da Gol continua acelerada para trazer novidades, agradar e fidelizar cada vez mais o passageiro frequente. Temos a mesma autonomia, podemos fazer negociações normalmente e continuamos fazendo nossas ofertas. A Gol continua sendo o que é. E a tendência é que melhoremos ainda mais”

Aproveitamos o momento para realizar uma entrevista especial com a Carla que também é CEO da Smiles. Ela comentou sobre este momento de confiança para todos da companhia. “A Gol segue forte no mercado. Continuamos empenhados em oferecer a melhor experiência para nosso cliente, que segue como centro das decisões da companhia, e estamos conseguindo evoluir em diversos indicadores operacionais, como pontualidade e NPS. A vida da Gol continua acelerada para trazer novidades, agradar e fidelizar cada vez mais o passageiro frequente. A Gol continua sendo o que é. E a tendência é que melhoremos ainda mais, inclusive avançando nos serviços dos canais digitais. Esperamos ter o reconhecimento tanto do trade, quanto dos clientes”, disse ela.

Principais passos da Gol em 2024

Carla Fonseca CEO Smiles Mesma autonomia, novas rotas e confiança do mercado: "A Gol continua sendo o que é", diz a VP

Carla Fonseca, vice-presidente da Gol e CEO da Smiles (Pedro Menezes/M&E)

Por onde a Gol começou o ano e por onde quer terminar? Segundo a vice-presidente, os primeiros meses do processo de Chapter 11 estão sendo de negociações com os lessores, no qual o CEO Celso Ferrer já está extremamente dedicado, bem como de investimentos em processos para melhorar a operação e a eficiência da companhia como um todo. Recentemente, a companhia ainda fez investimentos em consultoria para crescer em pontualidade.

“Foram seis meses de trabalho neste projeto (de aumentar a pontualidade de seus voos), revendo todos os processos, definições de papéis e responsáveis. E já começamos a pilotar! É algo que agora devemos começar a colher frutos. Além disso, há muitos projetos para melhorar a operação, também envolvendo o serviço dos canais digitais, pontos em que o cliente já está reconhecendo  nossa evolução. No geral, estamos bem confiantes nas negociações do Chapter 11”, frisou Carla.

Recentemente, a companhia fez investimentos em consultoria para crescer em pontualidade. “Foram seis meses de trabalho neste projeto, revendo todos os processos, definições de papéis e responsáveis. E já começamos a pilotar! É algo que agora devemos começar a colher frutos”

Carla lembrou ainda sobre a afirmação de Celso Ferrer, quando questionado pelo M&E, que a tendência é que a Gol saia deste processo num tempo “substancialmente” menor em relação a outras empresas. “Porque temos demanda e estamos em outro momento. Os resultados operacionais esão positivos, então temos tudo para voltar a crescer. As novidades não vão parar, o que é muito positivo. Tanto é tivemos três novidades de rotas recentemente lançadas”, destacou a VP.

Voos para Bogotá, Buenos Aires e Orlando

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Gol vai operar entre dois aeroportos internacionais pela primeira vez na história (Divulgação/Gol)

São três novidades internacionais recentes e mais voos regionais. Pois bem. A primeira delas é o retorno dos voos entre Fortaleza e Orlando, bem como o dobro de voos para Miami. E as outras são os voos entre São Paulo e Bogotá, a partir de 31 de março, com quatro frequências semanais, que até o final do ano serão diárias, que se tornarão, a partir de 1º de abril, ligações também para Buenos Aires, com a mesma frequência, fruto de uma parceria do Grupo Abra.

Isso fará com que a Gol opere entre dois aeroportos internacionais pela primeira vez na história. “O Grupo Abra nos permitiu ter o voo Buenos Aires/Ezeiza-Bogotá, com embarque Gol, que é uma grande novidade. É a primeira vez que realizaremos um voo entre dois aeroportos internacionais, fruto de nossa parceria com Avianca e Aerolíneas Argentinas. Já estamos inclusive com resultados super positivos entre Guarulhos e Bogotá”, revelou a VP da Gol.

“Estamos sempre atentos, avaliando as oportunidades e isso não vai mudar. Vamos continuar crescendo neste sentido (de anunciar mais voos)”

DOMÉSTICO – Em âmbito nacional, somente neste mês, a Gol anuncia novas frequências entre Guarulhos e Sinop (MT), quatro voos semanais entre Brasília e Juazeiro do Norte e o lançamento dos voos entre São José dos Campos e Galeão. “O que marca nossa presença cada vez maior no mercado regional. Estamos sempre atentos, avaliando as oportunidades e isso não vai mudar. Vamos continuar crescendo neste sentido”, destacou Carla Fonseca.

SMILES – O programa de fidelidade da Gol segue o mesmo ritmo. “O pipe de novidade continua forte para trazermos ainda mais produtos para nossos clientes. Tanto é que acabamos de lançar o ‘Pet Com Milhas’ e lançamos um novo aplicativo, com uma nova experiência. Estou bem feliz com o resultado. Estamos com um upgrade grande na parte da tecnologia justamente para aprimorar a experiência do cliente dentro da nossa plataforma”, disse a também CEO da Smiles.

Malha aérea adequada e entregas de aeronaves no prazo em 2024

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Boeing está conseguindo cumprir o cronograma de entrega de novas aeronaves em 2024 (Eric Ribeiro/M&E)

A Gol fechou 2023 com uma readequação da malha aérea por conta dos atrasos nas entregas de novas aeronaves. Por outro lado, não há projeção de redução ou mudança em relação a malha áerea de 2024, que segue de acordo com o planejamento padrão. O ponto positivo desde ano foi janeiro, que já registrou uma taxa de ocupação média superior em relação ao mercado, “fruto de um bom trabalho de revisão”, como informou Carla Fonseca.

“De dezembro para cá, estamos recebendo novas aeronaves como parte da nossa renovação de frota. São jatos mais modernos, com menor custo operacional e menor emissão de CO2”

E sobre a chegada de aeronaves neste ano? “Tivemos uma dificuldade no ano passado justamente pelo atraso nas entregas, mas este ano a Boeing está conseguindo cumprir o cronograma. De dezembro para cá, estamos recebendo novas aeronaves como parte da nossa renovação de frota. São jatos mais modernos, com menor custo operacional e menor emissão de CO2. Neste ano, a Boeing está muito mais próxima, fez um compromisso mais forte com a Gol, e acreditamos que eles vão cumprir. Por isso, estamos confiantes de que iremos entregar o nosso planejamento de 2024 sem impacto neste sentido”, revelou a VP.

Gol segue com mesma autonomia e mercado reage positivamente

Celso Junior presidente da Gol e Carla Fonseca vice presidente de Vendas e Marketing da Gol e CEO da Smiles Mesma autonomia, novas rotas e confiança do mercado: "A Gol continua sendo o que é", diz a VP

Celso Ferrer, presidente da Gol, e Carla Fonseca, vice-presidente de da Gol e CEO da Smiles (Eric Ribeiro/M&E)

Apesar do susto no dia 25 de janeiro de 2024, o mercado logo se acalmou com as declarações do CEO Celso Ferrer. Na ocasião, o executivo reafirmou que nada iria mudar na relação com os agentes de viagens e garantiu que não haveria redução de frota e nem de malha aérea, como já destacamos no começo desta matéria. E a vice-presidente da Gol compartilha do mesmo sentimento: a reação do trade foi super positiva justamente pela relação sólida de tantos anos.

“Não tivemos nenhum impacto nas vendas, nenhum cliente ligando no Call Center proecupado com localizador, até porque nossa comunicação foi muito efetiva. Estamos super confiantes neste processo”

“Nossa relação com o trade é antiga e sólida. Temos muitos bons parceiros, grandes contas, parcerias com agências, operadoras e consolidadoras. Os parceiros no geral demonstraram seu apoio, vieram nos procurar e acredito que a nossa comunicação neste processo foi fundamental, tanto para o trade como para o público final. As pessoas tendem a confundir algumas coisas ou levar para um caminho que não é o exatamente correto, mas fizemos muito corpo a corpo com meu time comercial e marcamos presença junto aos parceiros para garantir que nada mudaria na nossa relação comercial”, frisou ela.

Por fim, Carla Fonseca destacou que a companhia segue com a mesma autonomia, podendo realizar negociações normalmente. “Continuamos fazendo nossas ofertas. Tudo isso transmite mais tranquilidade ao mercado. Não tivemos nenhum impacto nas vendas, nenhum cliente ligando no Call Center preocupado com localizador, até porque nossa comunicação foi muito efetiva. Estamos super confiantes neste processo”, finalizou a vice-presidente da Gol.

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