Terrorismo e incerteza política fazem Lufthansa cortar previsão de ganhos para 2016

Lufthansa se junta a uma série de companhias europeias que já cortaram suas previsões para 2016

Se tem um fator que prejudica toda a cadeia de serviços de um país, ele se chama terrorismo. A Lufthansa sabe bem disso e já avisou aos acionistas que cortou suas projeções de lucro para o ano de 2016, muito por conta, também, das incertezas políticas e econômicas que assombram a Europa no momento.

Estes dois fatores, em conjunto, também foram vitais para a expectativa da Lufthansa quanto ao ganho bruto, conhecido como EBITDA (lucro antes de impostos e amortizações). A companhia já acredita em uma queda para o ano, bem diferente das projeções realizadas anteriormente, que cravavam um aumento sutil neste índice.

Com o anúncio, a Lufthansa se junta a uma série de companhias aéreas europeias, como a própria British Airways e easyJet, que já alertaram seus acionistas sobre os possíveis resultados comprometidos para este ano, por conta de uma incerteza total perante ao terrorismo e ao momento político e econômico em que passa o continente, fatores que fazem a demanda por viagens corporativas e a lazer despencarem.

O Grupo Lufhtansa também divulgou os resultados preliminares para o primeiro semestre de 2016, com uma queda nas vendas que chegará a 400 milhões de euros (de €15,4 bilhões para €15 bilhões). O EBITDA (ganhos antes de impostos e amortizações), por sua vez, cresce e chega aos €529 milhões, valor acima dos 468 milhões de euros registrados no 1° semestre de 2015. A maior companhia aérea alemã também espera um aumento no número de voos de 5,4%, embora esteja 0,6 p.p abaixo da meta estipulada anteriormente que era de 6%.