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Hotelaria

​Copa: ocupação de associados da FOHB deve chegar a 65%

Paul Whelan e Enrque Bryon, da Match Poit, e Roberto Rotter e Flávia Matos, da Fohb

Paul Whelan e Enrque Bryon, da Match Poit, e Roberto Rotter e Flávia Matos, da Fohb


Mesmo esperando um número expressivo de turistas no período, alguns estados não devem alcançar a ocupação hoteleira planejada para os hotéis. É o caso de São Paulo, que registra menor taxa de ocupação das cidades-sede, com apenas 31%.

“Porém quando se fala em ranking de diárias comercializadas, São Paulo lidera com 78 mil diárias vendidas, seguido por Rio de Janeiro, com 65 mil, e Belo Horizonte, com 32 mil. Isso se explica pelo fato do parque hoteleiro de São Paulo ser duas vezes maior do que do Rio e o número de quartos é quatro vezes maior do que da capital carioca”, explicou o presidente do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (Fohb), Roberto Rotter, em entrevista coletiva nesta terça-feira (20/05), no Rio de Janeiro.

No caso do Rio, os hotéis já estão com uma média de 88% dos leitos reservados para a Copa, após um momento de incerteza com o cancelamento dos bloqueios da operadora oficial da Fifa, a Match Poit. “Podemos chegar nos 100%, com ganhos maiores do que os previstos no contrato com a Match – que ficava com um percentual grande dos valores das reservas. Já o pós-Copa vai depender de vários fatores, inclusive a experiência que essas pessoas terão e da imagem transmitida para os milhões que vão acompanhar o evento sem virem ao Brasil”, destacou Rotter.

Ocupação – Na ocasião, Roberto Rotter revelou, ainda, que as reservas estão muito baixas, considerando o período entre junho e julho, com apenas 55% dos leitos confirmados, e que no período do evento esportivo deve chegar a 65%. Na maioria das cidades-sedes, entretanto, o percentual de bloqueios já ultrapassou os 70%; casos de Recife e Natal (84%), Cuiabá (83%), Brasília (79%), Fortaleza e Manaus (77%) e Porto Alegre (71%).

Ainda de acordo com Roberto Rotter, o gasto desses turistas vai depender da origem. Pernambuco deve receber muitos alemães, americanos e mexicanos. Já os chilenos, que jogarão em Cuiabá, em São Paulo e no Rio de Janeiro, devem vir num comboio de até 800 veículos (automóvel e ônibus), em um esquema mais alternativo.

“A Copa é um evento efêmero de curta duração. O Brasil tem uma vocação para atrair eventos internacionais. O desafio grande é manter esse ritmo de atração, para que possamos ter um fluxo maior de turismo internacional e também aproveitar o fato do consumo turístico ter se expandido para a Classe C. É fazer com que mais brasileiros conheçam os destinos que a Embratur não soube promover antes do períodos do megaevento”, destacou o empresário.

“Esperamos uma circulação de 3 milhões de turistas brasileiros, incluindo os excursionistas, e de 600 mil turistas estrangeiros, além de um incremento de R$ 30 bilhões no PIB. Mesmo assim, estamos monitorando a ocupação hoteleira de alguns destinos. Se num certo momento tivemos receio das altas tarifas praticadas, hoje já temos certeza de que não faltarão leitos”, completou o presidente da Fohb.

Violência – Sobre os casos de violência – incluindo a morte de um torcedor após sair do estádio do Arruda, no Recife, atingido por um vaso sanitário – o  CEO da Match Services, Enrique Byron, reconhece que há um impacto negativo para a imagem do país no exterior.

Entretanto, na opinião do executivo, esse também seria um “ponto fora da curva”, que teve uma resposta rápida do Governo Federal. “Assisti com muita preocupação nos canais internacionais. As forças de segurança e inteligência agiram com rapidez e isso minimiza o impacto. Porém a hotelaria brasileira está integrada do ponto de vista da Match, com qualidade no serviço e atendimento”, disse.

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