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Opinião

OPINIÃO – Turismo 4.0, uma realidade

airton abreu

O empresário Airton Abreu (Divulgação)

Frequentemente enfatizo que o mundo hoje vive na época da globalização, onde os serviços e tecnologia estão cada vez mais rápidos e avançados, obrigando os variados setores da economia, em particular o Turismo, a buscarem instrumentos para que possam manter-se no mercado de uma forma competitiva.

Assim sendo, devemos fomentar a inovação do setor turístico com a implementação de ferramenta tecnológicas, visando a transformação do segmento com ações que propiciarão a digitalização dos destinos e os transformarão em destinos turísticos inteligentes.

Com base nessa perspectiva, espera-se que destinos em fase de desenvolvimento atendam com dinamismo a sociedade nas suas necessidades básicas, tais como, mais emprego e maior geração de renda, melhorando significativamente o IDH.

Porém, devemos atentar ao fato de que isso somente se tornará realidade com ações públicas bem planejadas e com um setor privado capacitado e competitivo.

Cabe ainda acrescentar que a atividade turística integrada ao centro da política social, cultural e econômica, poderá atingir esses objetivos de forma mais eficaz.

Assim, esforços em ações bem estruturadas poderão ser realizados para que o Turismo, torne-se uma destacada atividade propulsora da economia.

A implementação do Turismo 4.0, bem planejado e estruturado e com determinação política, trará resultados extraordinários ao destino, muitas vezes difícil de serem dimensionados, pois os efeitos (diretos e indiretos) perpassam vários setores produtivos.

Apesar de ser um termo pouco divulgado, o turismo 4.0 faz parte da chamada quarta revolução industrial, conceito desenvolvido pelo alemão Klaus Schwab do Fórum Econômico Mundial (WEM). Consiste numa mudança de paradigmas onde o foco é a tecnologia da informação.

É possível e desejável que o trade turístico passe a utilizar no seu processo gerencial as facilidades da TI em todos seus aspectos revolucionários como o conceito de Big Data, Internet das Coisas (IOT), Inteligência Artificial (IA), ampliando as vantagens comparativas e competitivas para o desenvolvimento do seu negócio.

O segmento deve ampliar o leque de turismo virtual e turismo híbrido no âmbito do turismo mítico por exemplo. Com o uso da realidade aumentada é possível criar passeios turísticos em regiões impregnada de conceitos míticos da cavala-canga, preto velho, Saci Pererê e levar turistas estrangeiros a vivenciarem uma experiência real associada a uma experiência virtual em regiões quilombolas repletas desses ícones religiosos por exemplo.

Estamos diante de uma poderosa ferramenta de venda de nossas crenças e costumes, criando uma experiência única e imersiva numa realidade impossível de ser alcançada fora do turismo 4.0.

Imaginem quantos roteiros novos poderão ser criados para a deleite de turistas europeus e norte-americano. Imaginem as novas ferramentas de vendas desses pacotes personalizados que agilizarão o gerenciamento dos negócios do trade.

A cadeia produtiva do turismo 4.0, ainda reluta nesses avanços tecnológicos, mas será uma realidade avassaladora. O turista 4.0 quer atendimento 24 horas, facilidade e informações ilimitadas. Quer segurança e previsibilidade na compra de seus pacotes cada vez mais personalizados. Imaginem que o turismo não só irá vender pacotes de visitas, mas de experiências customizadas como por exemplo visitas simultânea em Destinos do Brasil e do Mundo.

Mas para isso é necessário que o segmento, se adeque à essa nova realidade e desenvolva um portfólio de oportunidade e experiências a serem exploradas no metaverso do mundo virtual. É necessário expandir os limites do conhecimento e buscar soluções para nichos esquecidos e inexplorados do mundo turístico.

Para o gestor do turismo 4.0, imperioso saber que o mundo hoje foi encapsulado na virtualidade que cabe na palma de nossas mãos a partir do mais simples smartfone e que novas experiências podem ser oferecidas pelos óculos de realidade virtual.

Airton Oliveira de Abreu é formado em Economia pela Faculdade de Ciências Políticas Econômicas do RJ e em Administração pela Faculdade Cândido Mendes RJ. Tem MBA em Gestão de Negócios em Turismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós- graduação em Turismo e Hotelaria pela Faculdade Faveni. Já foi secretário de Turismo do Maranhão de 2003 a 2006.

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