Latam aprova fim das restrições no Santos Dumont e deve reavaliar malha aérea no RJ

Danillo Barbizan, da Delta, e Aline Mafra, da Latam

GRAMADO – Vimos aqui no M&E que o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) decidiu revogar a resolução que limitava a operação no Santos Dumont a voos com chegadas e partidas a um raio de 400 quilômetros. Mas será que isso foi bom para a Latam? De acordo com a diretora de Vendas e Marketing da Latam Brasil, Aline Mafra, trata-se “conceitualmente” de uma excelente notícia, porque a decisão de qual aeroporto embarcar tem que ser sempre do cliente.

Segundo ela, restringir volume é uma prática global, bem diferente das restrições de distância que tinham sido impostas, mesmo que com intuito de “proteger” o RIOgaleão. “Vemos com muito bons olhos porque era uma restrição que envolvia destinos e não volume de passageiros. Comercialmente, eu voltaria a reavaliar o Santos Dumont já pensando nos principais destinos. Consideraria voos para Brasília e Confins, por exemplo, mas a malha aérea não é assim dinâmica”, disse ela.

“Comercialmente, eu voltaria a reavaliar o Santos Dumont já pensando nos principais destinos. Consideraria voos para Brasília e Confins, por exemplo, mas a malha aérea não é assim dinâmica”

Como vimos aqui no M&E, a Latam já tinha decidido realiza mudanças na malha aérea já para janeiro de 2024, quando a restrição no Santos Dumont entraria em vigor. O que está valendo hoje? A decisão da companhia de triplicar sua oferta doméstica no Galeão e ampliar em 5% a sua oferta total de assentos (doméstica e internacional) em todo o Rio de Janeiro no primeiro trimestre de 2024. “Já tínhamos mexido, não é só fazer ‘Undo’. Há vários parâmetros que devemos cumprir”, destacou Aline.

De janeiro a setembro de 2023, a Latam registrou mais de 1,8 milhão de embarques domésticos e internacionais com origem ou destino nos aeroportos de Porto Alegre, Caxias do Sul e Passo Fundo, segundo os dados da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil). O volume representa um crescimento de 24% quando comparado com os mais de 1,5 milhão de passageiros transportados pela companhia no mesmo período de 2022.

SOLIDEZ – Recentemente, a Latam divulgou os resultados operacionais e financeiros com um caixa forte, rentabilidade saudável e uma alavancagem controlada. “Acho que frente ao cenário de custo tão desafiador, consegumos entregar um resultado positivo e isso é motivo para comemorarmos. Estamos estimando 39% de participação doméstica em novembro, seguidos líder no internacional , reativamos todos os destinos no exterior e passamos para 50 no doméstico”, frisou Mafra.

Delta e Latam juntas oficialmente pela primeira vez no Festuris

Quatro grandes eventos foram mapeados para a participação conjunta de Delta e Latam. O último deles, antes do Festuris, foi a Abav Expo 2023 no Rio de Janeiro. A feira de Gramado é a última entrega no Brasil das marcas em conjunto em 2023, algo que vai continuar em 2024. “Esse conceito de estar nas grandes feiras já está construído. Vamos levar isso para o próximo ano e marcar presença em grandes eventos”, disse Danillo Barbizan, gerente de Vendas da Delta no Brasil.

É a primeira vez oficialmente juntos na Região Sul. No ano passado, durante o Festuris 2022, até rolou uma integração, mas não era algo oficial porque a Joint Venture tinha sido fechada recentemente naquela ocasião. E este mercado do Sul do país é considerado extremamente importante para a Delta. “Top 3 emissor no Brasil é Porto Alegre. Temos codeshare saindo e chegando de Guarulhos, com impacto mínimo na conectividade do passageiro”, destacou Danillo.

“Crescemos 25% a nossa oferta de assentos internacionais no Brasil, também com Atlanta-Galeão, que se tornará regular, e a rota sazonal Galeão-Nova York”

MAIS OFERTA – A Joint Venture vem se consolidando cada dia mais. Neste primeiro ano, sete rotas foram inauguradas em conjunto, com destaque, claro, para Los Angeles-Guarulhos, Lima-Atlanta, entre outras. “É o momento de confirmar a assertividade que colocamos, além da robustez das rotas. Crescemos 25% a nossa oferta de assentos internacionais no Brasil, também com Atlanta-Galeão, que se tornará regular, e a rota sazonal Galeão-Nova York”, destacou o gerente da Delta.

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