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Aviação / Política

Solução para equilibrar fluxo no SDU pode estar em mudança na regra de slots, diz ministro

 

marcio frança tomaz silva agencia brasil e1683472060598 Solução para equilibrar fluxo no SDU pode estar em mudança na regra de slots, diz ministro

O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França (Tomaz Silva/Agência Brasil)

O que fazer para tentar reduzir o volume de passageiros no Santos Dumont e não prejudicar as companhias aéreas? Buscar uma mudança nas regras de slots adquiridos no terminal. Hoje, segundo Márcio França, ministro de Portos e Aeroportos, quando uma companhia adquire um slot para voar no SDU, se não utilizar, acaba perdendo esse investimento. Em outras palavras, atualmente, as companhias aéreas têm que usar os slots sendo necessários ou não.

A ideia, portanto, seria liberar as companhias aéreas de utilizar este slots apenas quando necessário, num momento em que a demanda cresça, como na alta temporada, ou em qualquer outro intervalo de maior demanda. “Vamos permitir que o slot ‘fique guardado’ e que a companhia possa utilizar em outra oportunidade. Assim, não precisa ficar usando toda hora, usa apenas num período de férias, num intervalo qualquer que tenha mais público”, disse ele.

“Vamos permitir que o slot ‘fique guardado’ e que a companhia possa utilizar em outra oportunidade”

Essa solução para reduzir a capacidade do SDU tem a ver com o impasse que acabou criando um desequilíbrio entre Santos Dumont e Galeão, algo que a gente vem acompanhando de perto desde o começo, fazendo com que o terminal internacional do Rio de Janeiro deixasse de receber voos nacionais e internacionais. E para salvar o Galeão, é preciso que haja um equilíbrio na movimentação de aeronaves e passageiros SDU. A ideia portanto é limitar a capacidade do SDU.

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E a mudança de regra de slots é algo que seria possível, já que a lei brasileira não permitiria, por exemplo, uma restrição de rotas, algo que seria muito mais grave e impeditivo para as transportadoras. “Temos um aeroporto, seja ele de quem for, mas quem decide as rotas são as companhias aéreas que, por sua vez, se guiaram a partir do desejo do passageiro. A demanda dita para onde vão as rotas. A gente, do governo federal, só pode estimar horários e limitar a quantidade em função de questões ambientais, de pertubação, entre outros fatores”, lembrou França.

OUTRA SOLUÇÃO POSSÍVEL – Márcio França também externou uma alternativa viável para reequilibrar a movimentação aérea no Rio de Janeiro: “evitar que tenhamos voos daqui para Guarulhos ou Confins, que a conexão se dê aqui. Por exemplo, entregar sua mala no Santos Dumont e receber sua mala na China, embarcando por São Paulo, o que acaba matando a possibilidade da pessoa voar através do Galeão. Isso é algo que queremos inibir”, finalizou França.

Governo pode zerar capacidade do SDU que não resolverá o problema

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Márcio França deixa bem claro que a redução de passageiros no SDU não será suficiente para devolver o fôlego financeiro da Changi no Galeão (Arquivo/M&E)

Márcio França deixa bem claro que a redução de passageiros no SDU não será suficiente para devolver o fôlego financeiro da Changi. “Esta questão só será resolvida se houver outro formato de prestação de valor de outorga. Existe algumas possibilidades já propostas, eles (Changi) não disseram sim ou não, estamos aguardando uma resposta. Logo depois, em meados de maio, teremos uma reunião com o governo e a prefeitura do Rio”, disse o ministro.

Ele disse ainda que a Changi foi bem clara: “pode tirar todos os passageiros do Santos Dumont, que não acaba com os problemas financeiros do Galeão”. A concessionária quer reduzir pela metade o que tem que pagar, o que, segundo o governo, de fato, não irá acontecer, como já vimos aqui no M&E. “Todos os aeroportos voltaram a pagar o que pagavam. Guarulhos paga R$ 1,5 bilhão por ano. Exigimos investimento para descontar da outorga, mas tem que existir boa vontade da empresa”, destacou.

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