Crie um atalho do M&E no seu aparelho!
Toque e selecione Adicionar à tela de início.

Cruzeiros

Abav-RJ convoca trade para lutar contra tarifa adicional criada pela CDRJ

Cristina Fritsch, presidente da Abav-RJ

Cristina Fritsch, presidente da Abav-RJ

A Associação Brasileira de Agências de Viagens do Rio de Janeiro (Abav-RJ), elaborou uma carta, junto a um dossiê, e convocou as principais entidades e órgão oficiais do turismo e se manifestarem contra a nova taxa adicional que será cobrada das armadoras que atracarem fora da área de arrendamento do Píer Mauá, a partir da temporada 2016/2017.

A nova taxa já está em vigor e cobra o valor de R$ 30,87 por passageiro que estiver embarcando ou desembarcando, e de R$ 22,45 por passageiro que estiver em trânsito. A taxa será cobrada também dos tripulantes. O material foi enviado à Comissão de Turismo da ALERJ, Comissão de Turismo da OAB, MTur, Riotur, Setur e Turisrio e às entidades Abeoc-RJ, ABIH-RJ, FBHA, RCVB e Sindetur-RJ.

Na carta, Cristina Fritsch, presidente da Abav-RJ, destaca que quem acompanha o desenvolvimento do turismo é testemunha que o setor de cruzeiros já vem diminuindo sua operação no Brasil há anos. Enquanto em 2011, a oferta era de 20 navios, em 2016/2017 será de apenas cinco. Uma redução de 75% em apenas cinco anos.”A Royal Caribbean Cruises e Pullmantur já encerraram suas atividades no Brasil e a MSC Cruzeiros diminuiu de cinco, para dois, o número de navios que irá percorrer a costa brasileira na próxima temporada”.

Cristina Fritsch recorda ainda que já existem taxas cobradas pela CDRJ, como os custos portuários cobrados das armadoras, por intermédio do Píer Mauá, com um adicional de 20% destinado à CDRJ, como pagamento referente ao uso da infraestrutura. “Existe, ainda, um contrato entre as partes que foi quebrado, uma vez que o Pier Mauá só tomou conhecimento da criação desta nova taxa quando a resolução foi publicada. Foi uma decisão unilateral da CDRJ. A mesma resolução cria, ainda, uma nova taxa pelo uso do suprimento de água, sendo que o serviço é realizado por barcaças que atracam a contra bordo dos navios e não há utilização de nenhuma área ou da infraestrutura da CDRJ”, afirmou Cristina.

“E as armadoras são claras ao afirmar que a diminuição da oferta é devida, principalmente, à alta taxa tributária, sendo a do Rio de Janeiro uma das mais caras do mundo. Operar cruzeiros turísticos no Brasil custa entre 50% e 100% mais que em destinos de Europa e EUA. Fica claro que a competitividade nessa área vai depender de uma política que ajude a estimular a operação, atacando os altos custos, e não o contrário”, reforçou a dirigente.

A mudança deferida também, segundo a presidente da Abav-RJ, pode prejudicar o planejamento financeiro das armadores, já que os destinos e rotas são planejados com antecedência por elas. “As armadoras programam com pelo menos dois anos de antecedência os destinos que serão ofertados e fazem um planejamento financeiro que poderá ser ameaçado com a cobrança desta taxa, uma vez que as empresas marítimas só saberão onde irão atracar poucos dias antes de chegar ao Rio de Janeiro”, disse Cristina.

Receba nossas newsletters