Crie um atalho do M&E no seu aparelho!
Toque e selecione Adicionar à tela de início.

Aviação / Destinos / Política

Governo vai reduzir capacidade do SDU para pelo menos 8,5 milhões de passageiros/ano

aeroporto sdu alexandre macieira riotur Governo vai reduzir capacidade do SDU para pelo menos 8,5 milhões de passageiros/ano

Márcio França deixa bem claro que a redução de passageiros no SDU não será suficiente para devolver o fôlego financeiro da Changi no Galeão (Divulgação)

A fim de tentar resolver o impasse que acabou criando um desequilíbrio entre Santos Dumont e Galeão, algo que a gente vem acompanhando de perto desde o começo, fazendo com que o terminal internacional do Rio de Janeiro volte a receber mais voos nacionais e internacionais, é preciso que haja um equilíbrio na movimentação de aeronaves e passageiros no Aeroporto Santos Dumont. E a ideia do ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, é mesmo limitar a capacidade do SDU.

“O Galeão terá um aumento de 43% no volume de passageiros neste ano, e o nível internacional já chegou ao mesmo que antes da pandemia. A questão são os passageiros domésticos”, disse França. “Vamos fazer a redução e a readequação do Santos Dumont para ajudar o Galeão, mas isso evidentemente não será suficiente para aumentar em 10 milhões de passageiros/ano no Galeão (o que acontecia em 2014, quando o terminal recebeu 17 milhões de pessoas)”, completou.

“Vamos reduzir para chegar ao padrão tradicional. A ideia é reduzir para 9,5 milhões, depois 8,5 e assim vamos reduzindo”

O ministro lembra que o Santos Dumont detém um nível de 9,5 milhões de passageiros/ano ao longo dos últimos dez anos. “O SDU já tinha 9,5 milhões/ano a vida inteira. No ano passado, no governo Bolsonaro, ‘esticaram a corda’ e foram até 10,5 milhões de passageiros/ano, já que queriam incentivar a venda do terminal. Agora, vamos reduzir para chegar ao padrão tradicional. A ideia é reduzir para 9,5 milhões, depois 8,5 e assim vamos reduzindo”, frisou França.

Leia também:
Eduardo Paes cita ‘desrespeito ao Rio’ em situação envolvendo Santos Dumont e Galeão
Recuperação do Galeão é benéfica para o turismo brasileiro, diz Freixo
Rio perde R$ 4,5 bilhões com desequilíbrio entre Santos Dumont e Galeão, diz Firjan
Galeão está subutilizado e Santos Dumont opera acima da capacidade máxima, diz ministra
Governo quer exigir condições para limitar capacidade do SDU e recuperar o Galeão
RJ apresenta proposta para retomar protagonismo do Galeão ao ministro Márcio França
Changi pede prazo ao governo federal para decidir futuro do Galeão

Embora gradual e com chances de reduzir ainda mais em relação aos 8,5 milhões de passageiros/ano, como disse França, a solução para o Galeão seria restringir o SDU em 6 milhões de passageiros por ano, de acordo com o prefeito do Rio, Eduardo Paes. “Precisamos tomar uma decisão rápida e decisiva. Restringir a movimentação no SDU e levar o resto deste fluxo para o Galeão”, disse Paes, durante o evento “Reage, Rio!”.

Governo pode zerar capacidade do SDU que não resolverá o problema

Flybondi aparece pela primeira vez no painel de voos do RIOgaleão e1658423161933 Governo vai reduzir capacidade do SDU para pelo menos 8,5 milhões de passageiros/ano

Márcio França deixa bem claro que a redução de passageiros no SDU não será suficiente para devolver o fôlego financeiro da Changi no Galeão (Arquivo/M&E)

Márcio França deixa bem claro que a redução de passageiros no SDU não será suficiente para devolver o fôlego financeiro da Changi. “Esta questão só será resolvida se houver outro formato de prestação de valor de outorga. Existe algumas possibilidades já propostas, eles (Changi) não disseram sim ou não, estamos aguardando uma resposta. Logo depois, em meados de maio, teremos uma reunião com o governo e a prefeitura do Rio”, disse o ministro.

Ele disse ainda que a Changi foi bem clara: “pode tirar todos os passageiros do Santos Dumont, que não acaba com os problemas financeiros do Galeão”. A concessionária quer reduzir pela metade o que tem que pagar, o que, segundo o governo, de fato, não irá acontecer, como já vimos aqui no M&E. “Todos os aeroportos voltaram a pagar o que pagavam. Guarulhos paga R$ 1,5 bilhão por ano. Exigimos investimento para descontar da outorga, mas tem que existir boa vontade da empresa”, destacou.

Receba nossas newsletters