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RETROSPECTIVA 2020: a pandemia e o que aconteceu além dela no Turismo

RETROSPECTIVA

Isolamento social, fechamento de fronteiras, redução de capacidade e cancelamentos (de voos, reservas de hotéis e cruzeiros). Em dezembro, essa sequência de palavras resume bem o que todo o setor de turismo viveu ao longo do ano. Mas estas mesmas palavras ditas no início de 2020 não fariam sentido nenhum para um setor que viveu em 2019 um ano de crescimento e recordes quebrados em diversos segmentos. Esta mudança de paradigma pode ser resumida em apenas uma palavra: coronavírus.

A disseminação do vírus, que no início era visto pelos países ocidentais como algo distante de sua realidade, modificou totalmente os padrões de comportamento em todo o mundo. O Turismo rapidamente sentiu os efeitos do que viria se tornar uma pandemia e viu milhares de empresa passarem rapidamente de um cenário de expectativas positivas para um de luta pela sobrevivência.

JANEIRO – EXPECTATIVAS ALTAS, MOVIMENTOS DE MERCADO E PROBLEMAS NO HORIZONTE

Em janeiro, a Fitur, feira que abriu o calendário de internacional do Turismo pouco abordou o possível impacto do vírus no setor de viagens e Turismo. No próprio evento, a Embratur estimou a participação em 44 eventos internacionais durante o ano.

No Brasil, os planos para o ano incluíam o investimento no turismo rodoviário e a ampliação da conectividade aérea, que começava a se recuperar após o impacto do fim das operações da Avianca Brasil. Nos eventos, Salvador inaugurou o seu esperado centro de convenções. E uma pesquisa apontava que o brasileiro viajaria mais em 2020, devido ao grande número de feriados prolongados.

Na aviação a Azul anunciava um movimento importante no mercado, a aquisição da Twoflex, que mais tarde se tornaria a Azul Conecta. A Latam comunicou sua saída a aliança oneworld, um efeito colateral de seu negócio com a Delta. Comemorando 100 anos, a Avianca anunciava um otimismo com a saída de um cenário de crise financeira.

Mas as notícias negativas também começaram a surgir no segmento. O surgimento do coronavírus na China despontava como uma ‘epidemia local’ para o mercado de turismo, mas teve seus impactos, por se tratar de uma das principais economias do mundo e com um turismo internacional aquecido. Companhias aéreas de todo mundo anunciaram o cancelamento de voos para China e as companhias de cruzeiros cancelaram saídas no país, como Costa e MSC. Paralelamente, os casos de Covid-19 começavam a se espalhar pela Ásia.

Mas as principais notícias negativas do mês ainda não foram relacionadas ao vírus. Na aviação, a crise da South African Airways começa a ganhar contornos maiores, e a novela 737 MAX da Boeing ganhava novos capítulos, com novos problemas encontrados. No Irã, um Boeing da Ukraine Airlines cai matando 176 pessoas. O país assumiu a responsabilidade da queda dias depois, em uma investigação que revelou que misseis derrubaram a aeronave.

No Brasil a suspensão das operações da Turnet pegou todo o mercado de turismo de surpresa. Após 20 anos de atuação, a empresa entrou em uma crise financeira que a obrigou a parar as atividades. As operadoras Braztoa se uniram para tentar amenizar o impacto da saída de um grande player do mercado.

FEVEREIRO – CRISE DA COVID-19 CHEGA AO OCIDENTE

Após um fim de janeiro em que a epidemia de Covid-19 começa a ameaçar o ocidente, os primeiros casos em destinos importantes na Europa, como Itália, Espanha, Holanda e Alemanha levam àmedidas restritivas. Neste cenário, a ITB Berlin é cancelada.  Na China, um surto prende 7 mil pessoas no Costa Smeralda e leva a Costa Cruzeiros a adotar novas medidas de segurança. Já no Brasil o medo do coronavírus começou a bater à porta com o primeiro caso registrado após um carnaval de bons números em todo o País.

A crise da South African cresce e a companhia anuncia o fim de diversas rotas internacionais, entre elas a ligação entre Joanesburgo e São Paulo.

MARÇO – PANDEMIA, PÂNICO E SETOR PARALISADO

Em março, a crise, que parecia distante em janeiro, ganhou proporções nunca antes vistas. A Europa passa a registrar centenas de mortes diárias por Covid-19 e as cenas de caixões acumulados na Itália deixam o mundo em pânico. Nos Estados Unidos, hoje o país com mais mortes e casos, o número de infectados começava a crescer vertiginosamente. No Brasil, a primeira morte pelo vírus é registrada. A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o coronavírus uma pandemia.

Este cenário levou o Turismo de expectador atento a um setor completamente paralisado. As principais companhias de cruzeiros anunciaram a suspensão de suas atividades. Hotéis fecharam e as companhias aéreas reduziram sua oferta em mais de 90%.

Além do medo de um vírus desconhecido, o mercado se deparou com um cenário de terra arrasada. Cancelamentos em massa de reservas atingiram todos os segmentos, o que levou às principais empresas a flexibilizarem suas políticas de remarcação para evitar um colapso no caixa. Nesta esteira vieram os adiamentos e cancelamentos de feiras, além do fechamento das fronteiras em todo o mundo.

No Brasil, uma determinação do Ministério da Saúde encerrou precocemente a temporada de cruzeiros e o governo estabeleceu as primeiras restrições no País. As agências e operadoras interromperam suas vendas e passaram a se concentrar em remarcações e repatriamentos, realidade que se estendeu até abril. Isso afetou não só as finanças das empresas, mas também o valor de mercado.

O impacto no caixa foi sentido por toda a cadeia turística e isso levou empresas e entidades a se unirem por medidas para o setor. Começaram a ser discutidas Medias Provisórias emergenciais, que saíram do papel e contribuíram para estancar a sangria do setor. A primeira delas, ainda em março, foi a 925, que estabeleceu regras para o reembolso de passagens aéreas.

Paralelamente a esta busca por ajuda, as aéreas se uniram para estabelecer uma malha emergencial que atendesse a todas as capitais do país, garantindo o suporte de EPIs e de profissionais de saúde, além de pessoas com necessidades emergências de viajar. Congonhas, segundo aeroporto mais movimentado do país ficou vazio com apenas 7% dos voos previstos para o período.

Mas nem todos os impactos foram relacionados só ao coronavírus. A CVC Corp, que já vivia o drama que todas as empresas passam em março, se deparou com a confirmação de erros eu suas demonstrações financeiras dos últimos anos. O acontecido levou à troca no comando da companhia e Leonel Andrade foi escolhido como novo CEO. A troca de comando também significaria uma restruturação interna nos próximos meses.

Em março, o WTTC já estimava um impacto de US$ 2,1 trilhões e a perda de 75 milhões de empregos na indústria do Turismo.

ABRIL – SETOR PARADO E MPs

Se a pandemia atingiu em cheio o setor no fim de março, foi em abril que todos os segmentos do Turismo registraram seus piores números. Em abril quase todos os hotéis fecharam e a aviação retrocedeu aos piores números da série histórica registrada pela Anac (desde 2000). Mais da metade das operadoras de turismo não realizaram nenhuma venda em abril.

Apesar dos números negativos e das dificuldades, o trabalho junto ao governo, iniciado em março, rendeu frutos, e em abril começaram a sair as principais MPs, como a 936, 944, 948, que tratavam das relações de trabalho, folha de pagamento e reembolso de serviços turísticos.

O trabalho realizado com as medias levou o então ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio a afirmar que o governo não tinha deixado ninguém do setor para trás. O MTur ainda lançaria outra iniciativa importante, a campanha “Não cancele, remarque”.

"Não Cancele Remarque" é a nova campanha do MTur

“Não Cancele Remarque” foi lançada em abril

No mundo, passos importantes foram dados por grandes companhias. Após anunciar o fechamento de seus parques por período indeterminado, a Disney suspendeu o contrato de trabalho de 100 mil funcionários.  A Royal Caribbean demitiu 26% de seus colaboradores o Grupo Lufthansa anunciou uma restruturação que incluiu o fechamento de uma de suas companhias aéreas.

Na nossa vizinha, a Argentina, todos os voos foram suspensos até 1º de setembro.

No auge da crise no setor, começam a surgir as primeiras previsões. A FGV estimou uma queda de 39% no PIB do Turismo no ano, o setor de eventos estimou uma perda de R$ 80 bilhões e a hotelaria projetou uma mudança na estrutura para sobreviver ao pós-pandemia.

Neste cenário, um ponto positivo foi destaque. A Medida Provisória 907, que transformou a Embratur em agência de promoção foi finalmente aprovada pela Câmara dos Deputados e concretizou uma das demandas mais antigas do setor. (VEJA ABAIXO COMO FOI A VOTAÇÃO)

MAIO – CAPÍTULOS 11 E UM CENÁRIO DE INCERTEZA 

Maio foi marcado por um setor em compasso de espera com pequenos passos a frente. A aviação doméstica saiu de uma malha emergencial e passou a atender 44 cidades, com um aumento pequeno nas frequências, número ainda distante das mais de 100 atendidas antes da pandemia.

Malha aérea de maio (Fonte: Anac)

Malha aérea de maio (Fonte: Anac)

No Ministério, começa a ser desenvolvido o Selo Turismo responsável, para certificar estabelecimentos turísticos que seguem protocolos de saúde e segurança. Iniciativa já era vista na Europa, com hotéis de Madri criando o certificado “Covidfree”.

No campo político outras vitórias se destacaram, como a decisão da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), que isentou agências pelo cancelamento de reservas, a edição da MP 963, que liberou R$ 5 bilhões para o setor, e a sanção da MP 907.

Esta última, no entanto, veio acompanhada de um problema. Uma falta de entendimento na votação na Câmara modificou a parte do texto que falava em redução do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) para remessas enviadas ao exterior. A mudança feriu a Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA) e foi vetada pelo presidente Jair Bolsonaro. Com isso o imposto voltou a ter uma alíquota de 25% (confira o histórico do IRRF no Brasil).

Na CVC, continuava o processo de reestruturação, e a gestão das unidades de negócios B2B, Trend, Visual, Esferatur e RexturAdvance foi unificada, tendo como diretor Luciano Guimarães.

Luciano Guimarães, diretor das unidades B2B da CVC Corp

Luciano Guimarães, foi escolhido como diretor das unidades B2B da CVC Corp

Em maio a ESPM fez uma previsão sobre o impacto da pandemia no carnaval, algo que posteriormente viria a se confirmar com o adiamento dos carnavais de São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador.

Maio também foi um mês marcado pelo início de significativos processos de recuperação judicial. O primeiro deles da Avianca Holdings, que no início do ano comemorava uma recuperação, mas acabou sendo severamente afetada pela pandemia. A companhia colombiana recorreu à justiça dos Estados Unidos por meio do capítulo 11.

A mesma saída foi adotada pela Latam Airlines, que no fim do mês também entrou sem processo de recuperação na justiça dos EUA. Mais tarde a Latam Airlines Brasil também viria a integrar o processo.

JUNHO – INÍCIO DA RETOMADA, BUSCA POR PROTOCOLOS, IMPACTOS NA TEMPORADA DE CRUZEIROS E PARCERIA INESPERADA

O mês de junho marcou uma espécie de renascimento na Europa. Após um período com alto índice de mortes e isolamento, os países começam a ensaiar uma reabertura dentro da União Europeia para a temporada de verão.

No Brasil, a pandemia entrava em seu pior estágio, com mais de mil mortes por dia em grande parte dos meses de junho, julho e agosto. No entanto, a preocupação com o isolamento social foi substituída por uma busca por protocolos para garantir a retomada do setor de turismo com segurança. Nesta linha, o MTur lançou o seu Selo de Turismo Responsável. Iniciativas semelhantes surgiram em São Paulo, Rio Grande do Norte e Alagoas.

Selo_Turismo_Responsável_Portal

Selo Turismo Responsável foi lançado em junho

Além de destinos, aéreas, hotéis e companhias de cruzeiros iniciavam parcerias para a elaboração de protocolos, com o objetivo de conquistar a confiança do viajante.

O mês também foi positivo no mercado, com uma recuperação recorde das empresas de turismo listadas na bolsa brasileira (B3).

No setor aéreo uma parceria surpreendeu o mercado. A Latam e Azul anunciaram um acordo de codeshare que envolveu também programas de fidelidade das duas companhias. No internacional, a Lufthansa aprovou o auxílio estatal de 9 bilhões de euros do governo alemão, enquanto as brasileiras ainda aguardavam pelas condições para um empréstimo do BNDES.

Mas o mês de junho foi marcado por más notícias para os cruzeiros. No mundo, o setor foi surpreendido pela recuperação judicial da Pullmantur na Espanha. Além da reestruturação total da companhia, este anúncio significou a primeira baixa na temporada de cruzeiros, que depois viria a ser cancelada totalmente.

Monarch e Soberano no porto de Nápolis

Monarch e Soberano no porto de Nápolis. Pullmantur começou a retirar equipamentos dos navios.

Com a Pullmantur fora de operações, o navio Soberano interrompeu uma história de 12 anos no Brasil. No mesmo mês, a MSC anunciou mudanças na temporada. O Grandiosa, que seria a grande novidade da temporada, é substituído pelo MSC Seaview. A companhia também reduziu de cinco para quatro sua participação na América do Sul, participação esta que seria reduzida ainda mais nos próximos meses até seu cancelamento em dezembro.

A Costa Cruzeiros, outra companhia a operar no Brasil não se manifestou sobre mudanças, mas nos bastidores o mercado já falava sobre um cancelamento da temporada, que acabou se confirmando em setembro.

JULHO – MAIS REABERTURAS E REORGANIZAÇÃO NA CVC CORP

O mês de julho for marcado pelo esperado anúncio da Abav Nacional sobre a sua feira. O evento foi adiado para 2021 e substituído pela Abav Collab – que contava com um formato inovador para os padrões do Turismo: uma feira virtual com algumas ações de ativação presenciais. Também foi um mês de furos de reportagem para o MERCADO & EVENTOS, quando anunciamos o desligamento de 200 colaboradores da CVC Corp – entre eles nomes como Orlando Palhares, que atuava há 17 anos na empresa.

Magda Nassar, presidente da Abav Nacional, anunciou o adiamento da Abav Expo

Magda Nassar, presidente da Abav Nacional, anunciou o adiamento da Abav Expo

Também foi um mês importante para a aviação. Embora já não voasse há meses e o seu destino fosse certo, a Avianca Brasil (Ocean Air) teve a sua falência decretada oficialmente pela justiça de São Paulo. Em uma matéria especial, contamos a história da companhia. No dia 10 de julho, o grupo Latam Airlines anunciou que obteve aval para um financiamento de US$ 1,3 bilhão. A aérea havia entrado em recuperação judicial nos Estados Unidos (Chapiter 11) em maio.

Julho marcou também a reabertura dos parques da Disney em Orlando. Fechados para conter o avanço da pandemia da Covid-19, Magic Kingdon e Animal Kingdon reabriram no dia 11 enquanto Holywood Studios e Epcot voltaram a funcionar no dia 15. O Rio de janeiro também iniciou a sua retomada em julho, com a reabertura dos seus pontos turísticos.

Medição de temperatura e uso de Disney reabre parques e hotéis com protocolos de segurança

Medição de temperatura e uso de Disney reabre parques e hotéis com protocolos de segurança

No que diz respeito a política, duas boas notícias para o Turismo: o Senado aprovou a Medida Provisória 925, que estabeleceu o prazo de até 12 meses para as companhias aéreas reembolsarem as passagens dos voos cancelados durante a pandemia. A MP 948 – uma das principais para o Turismo – foi aprovada pela Câmara. Ela estabeleceu novas regras  regras para o cancelamento e remarcação de serviços, reservas e eventos dos setores de cultura e turismo.

AGOSTO – NOVAS COMPANHIAS AÉREAS E RESULTADOS DA CVC

Em agosto a espera pelos resultados da CVC Corp de 2019 terminou. A empresa divulgou os seus dados referente ao ano passado, ainda sem serem auditados, o que mostrou um ajuste de R$ 362 milhões. O mês também marcou o fim da parceria entre Localiza e Hertz, iniciado no fim de 2016.

Dois anúncios importantes sobre novas companhias aéreas também aconteceram em agosto. A Itapemirim – tradicional empresa de transporte rodoviário – confirmou detalhes das operações de sua companhia aérea, que será feira com Airbus A320 e terá três hubs. A Azul, por sua vez, lançou oficialmente a Azul Conecta – novo nome da Two Flex – que tem a meta de atingir 200 destinos.

John Rodgerson, presidente da Azul, ao lado de Flávio Costa, vice-presidente Técnico Operacional, e Ronei Glanzmann, secretário nacional de aviação civil, junto a nova aeronave da Azul Conecta (Foto: Gabriel Toledano)

John Rodgerson, presidente da Azul, ao lado de Flávio Costa, vice-presidente Técnico Operacional, e Ronei Glanzmann, secretário nacional de aviação civil, junto a nova aeronave da Azul Conecta (Foto: Gabriel Toledano)

A política também teve participação marcante no mês de agosto. O presidente Jair Bolsonaro sancionou a MP 925 – que trouxe pontos importantes para as companhias aéreas. Além disso, por meio de um acordo na Câmara dos Deputados, um projeto de Lei sobre a cobrança de Ecad nos hotéis passou a tramitar em regime de urgência.

Uma nova esperança para o setor vem da Europa. No dia 16 de agosto a MSC Cruzeiros – após o anúncio de uma série de protocolos – voltou a navegar com o Grandiosa em roteiros pelo Mediterrâneo.

SETEMBRO – ABAV COLLAB, TEMPORADA DA COSTA CRUZEIROS CANCELADA E CASO MGM

Em meio a boatos de que agentes de viagens não estavam conseguindo atendimento, o fundador do Grupo Flytour, Eloi Oliveira, assumiu a gestão da operadora do grupo, Flytour Viagens e garantiu a resolução dos problemas. também no segmento de operadoras, a CVC Corp revelou o plano de unificar as suas marcas B2B – agora sob o comando de Luciano Guimarães. Notícias ruins também marcaram o mês. A MGM anunciou a suspensão de suas operações. Por conta disso, entidades do setor se uniram para ajudar os agentes de viagens.

Um projeto ousado – que tem à frente Michael Barkoczy – também foi notícia neste mês. A Easy Travel Shop – hub de experiências foi lançado no mercado e ajuda a colocar os agentes de viagens no segmento da venda de passeios e ingressos.

Michael Barkoczy anunciou o lançamento da ETS

Michael Barkoczy anunciou o lançamento da ETS

Mais notícias ruins chegaram em setembro. A Costa Cruzeiros decidiu cancelar a sua temporada 2020/2021 na América do Sul. A companhia traria ao País os navios Facinosa, Luminosa e Pacifica e ofereceram o crédito para a próxima temporada aos passageiros afetados.

Setembro foi ainda o mês da Abav Collab – evento híbrido da Abav Nacional. O setor teve a oportunidade de se encontrar e apresentar novos produtos e serviços em uma feira virtual, que foi considerada um sucesso pela entidade. O M&E também fez uma edição especial para o evento.

Ambiente virtual do Abav Collab

Ambiente virtual do Abav Collab

OUTUBRO – FRONTEIRAS REABERTAS E TOSCANA NO BRASIL

Com indefinição dos Estados Unidos, dois países da América do Sul, Argentina e Peru reabrem as suas fronteiras para brasileiros. Na aviação, a Abear anunciava os números de setembro, que indicavam o maior crescimento demanda já registrada desde o início da pandemia. Após o cancelamento da temporada anunciado em setembro a Costa Cruzeiros voltou a ser notícia com o anúncio do seu maior e mais novo navio para a temporada 2021/222 no Brasil, o Costa Toscana.

O mercado de agências e operadoras também esteve agitado. A CVC Corp mostrou o tamanho da queda no segundo trimestre: 94% menos reservas confirmadas. A empresa também anunciou o desligamento de Cleiton Feijó, contratado há menos de um ano para comandar a Visual Turismo. O aplicativo Rappi anunciou a sua entrada no Turismo, com a venda de pacotes, passagens, hotelaria e serviços. E, por fim, um grupo de empresários se uniu para fundar a Recept, associação de turismo receptivo.

NOVEMBRO – MINISTÉRIO LANÇA PLANO PARA A RETOMADA E JOE BIDEN É ELEITO NOS EUA

As indefinições sobre a temporada de cruzeiros deixam o mercado inseguro. A MSC, até então a única com roteiros confirmados no País, resolveu adiar o início da sua temporada para dezembro. Mais no fim do mês, a armadora adiaria a temporada para janeiro. Em matéria especial o MERCADO & EVENTOS mostrou o tamanho do prejuízo caso não houvesse cruzeiros no Brasil.

O Visit São Paulo faz evento híbrido para pautar a retomada e o Ministério do Turismo lança um plano para ajudar a retomada do Turismo. O projeto reúne esforços dos setores público e privado, terceiro setor e Sistema S para que o turismo retome plenamente as atividades de maneira gradual e planejada, voltando a gerar emprego e renda no país. Há também uma campanha de promoção para incentivar o brasileiro a viajar.

Marcelo Álvaro Antonio, ministro do Turismo, durante o lançamento do plano de retomada para o setor

Marcelo Álvaro Antonio, ministro do Turismo, durante o lançamento do plano de retomada para o setor

American Airlines e Copa Airlines iniciam a volta gradual dos seus voos para o Brasil. A companhia norte americana, que já estava voando entre SP e Dallas, voltou em dezembro a operar RJ-Miami e marcou para janeiro a volta de  SP-NY e Manaus-Miami. Já a aérea panamenha, que já havia iniciado operações em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, confirmou a retomada dos voos em Belo Horizonte, em dezembro, e Porto Alegre, em março.

Novembro marcou ainda a realização do primeiro grande evento presencial do Turismo, o Festuris Gramado. A feira foi considerada um sucesso pelos organizadores e recebeu mais de 5 mil visitantes nos três dias do evento.

Também foi em novembro que Joe Biden foi eleito presidente dos Estados Unidos. Com posse marcada para este mês de janeiro, o novo mandatário norte americano pode trazer impactos importantes para o Turismo, seja com uma possível reaproximação com Cuba ou pelo provável apoio às companhias aéreas nacionais.

DEZEMBRO – NOVO MINISTRO E CANCELAMENTO DA TEMPORADA DE CRUZEIROS

Nem as festas e o tradicional clima natalino do mês de dezembro foi capaz de proporcionar tempos menos turbulentos no setor. O mês mal começou e já tivemos a demissão do então ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio. O motivo foram conflitos com outros ministros e uma discussão acalorada via mensagens de WhatsApp com o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, que ganharam a imprensa. No mesmo dia, o presidente Jair Bolsonaro convidou o então presidente da Embratur, Gilson Machado Neto, para assumir o MTur. O convite foi aceito e Carlos Brito assumiu a presidência da Embratur.

Gilson Machado Neto, durante a posse como ministro do Turismo

Gilson Machado Neto, durante a posse como ministro do Turismo

Mais um balde de água fria caiu sobre o Turismo em dezembro. Pouco antes do Natal, no dia 23, a MSC cancelou oficialmente a vinda dos seus navios para a América do Sul nesta temporada de verão.Todos os hóspedes com reservas afetadas pelo cancelamento receberão uma carta de crédito para um futuro cruzeiro no valor total da reserva originalmente paga e um crédito a bordo.

E por falar em cancelamentos, diversos estados e cidades cancelaram as suas festividades de Réveillon. Entre eles, o Rio Grande do Sul, incluindo Gramado e Canela, e Salvador.

Na última semana do ano, mais uma notícia ruim. Um dos principais destinos internacionais para os brasileiros, a Argentina, que havia reaberto suas fronteiras, voltou a fechar as portas para brasileiros devido ao aumento dos casos de mortes de Covid-19 no País.

 

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